A temática aqui abordada ganha rapidamente algumas ramificações, que acabam por ser normais, mas que ainda assim de alguma forma me levam a aqui vir escrever novamente, motivado eventualmente por alguma preocupação que agora começo a ter. Aliás, começo a ter mesmo muita preocupação...E faço aqui uma nova intervenção enquanto scootard que sou...enquanto proprietário e usual condutor de scooter...enquanto membro que nunca comprou uma moto apesar de já ter andado em algumas...E para fazer essa intervenção....vou-me colocar "na pele" de um qualquer membro que tenha moto...e aqui não interessa se já teve ou não scooter antes, fazendo-o unicamente para ver este assunto pelos seus olhos e perceber que leitura retirará disto tudo!!!E é aí que fico preocupado verdadeiramente...Um qualquer membro com uma moto, que até aqui partilhava, comentava, dava a sua presença e auxílio sem nada receber...repentinamente vê-se de alguma forma (e dificilmente alguém dirá o contrário) ostracizado, marginalizado, colocado "fora do grupo". Não é o que está a ser dito nos posts anteriores e da forma como aqui a estou a verter por palavras, não me entendam mal s.f.f., mas o sentimento de quem tem moto e está a ler tudo isto...como poderá não o ser??E isto vejo-o com muita preocupação enquanto membro, pois eu não posso dizer desta água não beberei - nem eu nem ninguém - e se hoje tenho scooter, amanhã poderei ter moto. E com agrado e com muita felicidade gostaria, porventura como qualquer outro, de aqui o comunicar e quiçá abrir um Diário de Bordo.E já que falo nos Diários de Bordo....o que faremos agora já que ocupam por vezes o tão badalado layout inicial do fórum?Vamos encerrar os DB's de motos?Vamos paulatinamente convidar a sair os aludidos membros (malandros!) que se mudaram para o "outro lado"?Vamos ao invés de bloquear os DB's de motos, impor-lhes quotas de posts diários ou mesmo semanais?Vamos fazer já um crivo inicial para saber o tipo de tendência motociclista de um novo membro?Claro que não!!!E sei que quem comentou neste já longo tópico, expressando unicamente uma mais do que valorosa opinião, também não o quererá.Não é a V-Strom, a CB, a NC, a MT-09, a MT-07, a Duke....que aqui escrevem! São pessoas, são membros que decidiram ajudar a construir o fórum e que, na minha humilde opinião, não podem de maneira nenhuma ser levados a pensar que estão a mais ou que a felicidade com que partilham as vicissitudes tidas com os seus modelos, não interessam nem têm aqui lugar...As minhas desculpas como eventualmente escrevi e talvez com um pouco de entoação excessiva...mas eu parece-me que vejo aqui uma situação a que normalmente chamaria de Não-Problema, a tornar-se num potencial Problema.Da mesma forma que peço a quem tem moto que não deixe de maneira nenhuma de utilizar este que é um espaço seu, também peço a quem tem scooter que faça o mesmo....comentando, partilhando, ajudando e já agora, tanto quanto for possível, sem olhar a marcas!
Não estou há muitos anos no CPM, basta dar uma olhadela à data. Como muita gente que aqui chegou, não vim por conhecimento pessoal com alguém já inscrito, mas através de um "link" da internet. Gostei particularmente da possibilidade de poder ler os comentários sem me exigirem uma inscrição e apreciei também o que me pareceu ser um espírito de entreajuda, uma coisa que a malta de duas rodas costuma manter apesar de muitos recém-chegados virem "infectados" com as manias comparativas do mundo das quatro rodas. Justifico porque tem a ver com o debate:Vivemos num país que se "automobilizou" há relativamente pouco tempo e (ainda) vivemos aquela fase em que a marca e cilindrada do carro valem tanto como a etiqueta de uma camisola. O "prestígio" é a coisa que muita gente paga mais caro do que os cavalos do carro.Em sentido contrário, tenho para mim que o pessoal das duas rodas sempre foi mais solidário e inclusivo, talvez porque a este meio de transporte "estranho" nunca foi associada "promoção social", "imagem de sucesso" e as outras tretas com que vendem carros. A bom rigor, até há pouco tempo: na medida em que se massifica o "consumo" de motas, aquilo que se criticava nos automobilistas replica-se no meio das duas rodas.Mas relembro, andar de mota sempre foi uma coisa mais "marginal" (alguns fazem questão de serem isso mesmo), por isso há muito enlatado (mental) que olha para um tipo de moto ou scooter com os mesmos olhos que um "skinhead" olha para um tipo de tez mais escura. Adiante.Marcas, cilindradas, tipo de montada, por aí afora, só tinham sentido na forma jocosa como os das motos se referem aos "tuparuéres" [quem não alcançou, é uma analogia aos plásticos da Tupperware] ou como a malta das scooters lhes atira com as caixas que colocam atrás nas motas para levarem a casa com eles mesmo quando só vão para o trabalho... E a coisa ficava por aqui. Excessos tribais houve, há idiotas em todas as longitudes e latitudes, mas deixava-se o "tribalismo" aos que levam o carro ao fim de semana para locais de paisagens aprazíveis onde ficam a medir-se uns aos outros.Entretanto a Lei da 125 trouxe muito mais gente para este mundo. Alguns, como eu, olha(v)am para uma mota com a mesma paixão com que uma mulher olha para uma máquina de lavar: só querem que lave e não avarie (companheiras, não pretendi ser misógino, só pus "mulher" por causa do reconhecido sentido prático da maioria, bem mais apurado que o nosso que tem mais tendência a apaixonar-se pela máquina de lavar do que por aquilo que ela é capaz de fazer). Fosse qual fosse a motivação, ficámos agarrados, e descobrimos que além de ir para o trabalho também se podia ir mais além e muitos, como eu, acabámos com o carro na garagem ou entregue às mãos de um filho/a.A Lei das 125 trouxe o "vício", basta ver este fórum, a maioria de nós começou com uma 125 e só depois "subiu" para outras cilindradas (note-se bem: a única coisa que "subiu" foi a cilindrada). Entretanto as marcas fizeram o resto, arranjando uma parafernália de "estilos", de "tipos", segmentaram o mercado oferecendo mais "escolhas". E cada um foi pelo caminho que quis, que mais que lhe convinha... que mais gostava ("o amor é louco não faças pouco")... e que podia (já pensaram neste "item" os que têm tendência a ser depreciativos com as montadas dos outros?).A questão.Apesar de a maioria de nós não vir da tradição motociclista (aquela a quem bastava uma duas-rodas bonita, com força suficiente e que não avariasse, e um blusão de cabedal cuja marca não interessava patavina desde que protegesse do frio e ajudasse numa queda), vamos deixar que esse Espírito de Companheirismo (mesmo que utópico e não generalizado) se esfume para acompanharmos a estratificação imposta pelo Mercado que vive da insatisfação permanente com aquilo que se tem (mesmo que não precisemos de outra coisa!) impondo através desta uma permanente comparação de "pilinhas" entre cilindradas modelos, marcas, tipo de montada, scooter ou mota... o que for?Já vai longo, mas respondo:Gosto de andar de mota ("prontos", chamem-lhe "tuparuére"), apenas, só isso. Não aderi a nenhum culto, a nenhuma tribo, a um clube de futebol ou fã-"site" de uma marca qualquer. Não sei o o que vou conduzir amanhã (calma "gorda", que ainda vais durar uns tempos).Tal como eu, a maioria das pessoas que aqui aparece fá-lo porque intuem que aqui ninguém lhes vai atirar com qualquer "reservado o direito de admissão" ou começar por perguntar a marca e modelo da mota. Não conheço as pessoas deste fórum a não ser daqui (aliás, a única pessoa daqui que tive o prazer de conhecer foi por causa deste fórum, já que não sou "habitué" dos encontros e tertúlias), mas arrisco que ninguém se atreveria a discriminar ninguém, cair-lhe-ia o "ceú" em cima.Sendo assim, companheiro/as, qual é a crise?Qual é mesmo o problema?Já não somos eclécticos?Deixemos de inventar problemas onde eles não existem."Respect!"
Deixemos de inventar problemas onde eles não existem."Respect!"
Eu ja tenho motas de turismo ha muitos anos e nunca tinha reparado nas scooters. Ate que uns anos depois de vender a minha pan european comprei para satisfazer o bixinho das motas comprei uma sym 300 . Conheci por mero acaso uma pessoa do CPM fui com o grupo num fim de semana e fiquei a adorar pessoas como o Pardal a esposa o Elio o Axe e muitos outros.. depois da sum 300 ja tive a maxim 400 a integra 700 a BMW k 1200 LT e agora tenho um ferro uma Drag Star 1100, e nunca nunca me passou pela cabeça deixar o CPM porque o que me ligou ao grupo não foi as scooters mas sim as pessoas que fazem parte do grupo.É mesmo um não assuntoCaldeira
Companheiros,Eventualmente estarei em boa posição para vos dizer a razão da criação do CPM... O CPM foi criado na sequência de uma discriminação que foi implementada noutro Clube.Essa segregação criou massa crítica e energia para alimentar um movimento de mudança que desaguou na abertura do nosso Clube em dezembro de 2009.Nenhuma das pessoas que estiveram na génese do CPM se revia em discriminações, segregações, elitismos ou hierarquias bacocas.A única forma que teremos de honrar a nossa génese é simplesmente aprender com ela, refutando qualquer possibilidade de sentirmos aqui no nosso espaço, naquilo que criámos, o travo amargo da injustiça, do preconceito ou da marginalização... para estes sentimentos não há espaço no CPM. De resto há espaço para tudo: amizade, solidariedade, companheirismo, convívio, informação, formação...Desde sempre, todos os que vieram por bem têm o seu espaço aqui reservado. Penso que é assim que vai continuar a ser, pois esse é o ESPÍRITO CPM!!Quem quer ler tópicos sobre Maxiscooters, lê. Quem quer ler tópicos sobre segurança, lê. Quem quer ler tópicos sobre equipamento, lê. Quem quer ler tópicos sobre outras motos, lê. Quem só quer ler o coffee-break, lê. Sim, o Clube é de Maxiscooters! Sim, o Clube é de quem quer partilhar! Sim, o Clube é de quem quer amar, pois amizade é uma forma de amor.Há espaço para todos. No dia em que não houver, adquirimos um alojamento maior! VIVA O CPM!!
Já tinha tido scooters algum tempo e nem sabia do CPM, anos depois o Rufido comprou uma Nexus 500 igual a que tinha e inscreveu-se no CPM. Fartou-se de me dizer para me juntar ao forum e eu com a minha maneira de ser sempre dizia que não.Um dia em Janeiro de 2015 decidi inscrever-me para ele não falar mais no assunto, nem tinha scooter nessa altura, e inscrevi-me a dizer "apeado" até ao dia que comprei uma......desgraça total....no primeiro passeio conheci a malta do CPM e nunca mais larguei.Mesmo que compre uma "mota" não vou deixar esta familia que me acolheu de tal maneira que não vou esquecer.Por isso há aqueles que tinham scooter e fizeram um "upgrade" para mota e outros que tinham mota e fizeram o "downgrade" para scooter. Portanto o que interessa é o convivio. O resto é canja de galinha chinesa injetada com "steroids" Boas curvas
Subscrevo inteiramente as tuas palavras Americano, só não usava os termos upgrade/downgrade. São duas formas de andar em duas rodas, apenas diferentes ( muito pouco diferentes )
Atualmente somos mais scooters ou motos?Fica a dúvida pois tantos vão mudando