Autor Tópico: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)  (Lida 5527 vezes)

Offline karloxilva

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Permitam que enquadre a coisa.
Ver motas novas aqui na margem direita do Sado é uma carga de água maior que aquela que sai pela foz. O concessionário Honda de Setúbal fechou, o antigo concessionário Yamaha não fechou mas já não representa a marca, tem apenas alguns modelos datados da Piaggio/Vespa, o concessionário que mais vende a Sym tem um negócio baseado nas motas em segunda-mão e oficina, há ainda outro que representa a sul-coreana Daelin, e um representante da Peugeot que tem nas chinesas o seu nicho.
Para se ver motas de modelos mais ou menos recentes, há que ir ao Seixal ou a Venda Nova, Sesimbra, onde estão estabelecidos os representantes de Yamaha, Suzuki e Sym, de um lado da estrada, e os menos exuberantes em termos de instalações mas simpáticos representantes da Kawasaki do outro lado da via (foi aí que experimentei a bonita J300).

A Integra.
Já tinha tido um contacto estático com a anterior versão 700 cc desta "moto-scooter", no pretérito concessionário setubalense. Na altura, pretendia subir de cilindrada, e algo confuso no bom sentido, mas já havia decidido que iria comprar uma scooter. Então, achei a mota alta para a minha estatura, o banco largo tornava-a ainda mais temível para quem até aí vinha desfrutando da "baby-burgman" 125. "Mal habituado", não me convenceu o espaço diminuto para guardar o que fosse.

Entretanto, a Honda incrementou o motor para 750cc, melhorando-o, e o DCT foi "domesticado" e tornado mais suave. Além disso a marca anunciou que havia mexido na ergonomia da mota. Concretamente, estreitou o o banco para "facilitar o acesso" (apesar de ter mantido a altura). Isto despertou-me a curiosidade. Hoje aproveitei o belo dia de sol para desfrutar das estradas que serpenteiam o sopé da Serra Mãe (A Arrábida) e fui vê-la.

Não conhecia o concessionário João Botas em Almoinha, Sesimbra. Cheguei a telefonar antes porque o "Botas" que conhecia não tinha Hondas. A explicação para o nome igual ao do proprietário do grande "stand" em Venda Nova é que são familiares.

O Botas que me interessava não fica longe, explico: em Santana, no sentido Cabo Espichel, vira-se na primeira à direita após os semáforos, desce-se até uma casa cinzenta, contorna-se a dita e vê-se logo as asas da Honda. Estou a dar estas informações em sinal de agradecimento pela simpatia com que fui recebido, que incluiu uma visita guiada pelo Sr. João Botas às instalações em fase final de acabamentos mas já funcionais.
Assim, a alguns quilómetros de Setúbal, por estradas agradáveis de percorrer, passaremos a ter ao nosso dispor quase todas as representações do mercado em locais relativamente próximos.

Pois, mas eu disse que iria falar da Integra...

De facto, dá para perceber que a acessibilidade foi melhorada, aliás tive oportunidade de subir à oficina para comprovar que o banco anterior era mais largo. E depois - não sei se isso já existia na versão anterior - também é possível baixar alguns centímetros a altura da mota através de uma barras paralelas localizadas por debaixo da mota, "sem prejudicar o seu comportamento". Uau...
Em termos de peso, deve ter mais um 10 quilos que a Burgman 400 (237 kg), todavia consegui manobrá-la para o fora do descanso com a mesma facilidade da minha Suzuki. Sentado sobre a mota consegui incliná-la um pouco e segurá-la com um dos pés bem assente no chão sem sentir insegurança. O banco parece-me confortável, mas acho a Burgman mais acolhedora - neste prrticular, desculpem-me, "Burgman é Burgman". O pendura não tendo um sofá não me parece que vá mal - lembro: desse lado da máquina já não é scooter, é uma mota.
A qualidade de construção parece-me irrepreensível, também  não é barata. Mas é mais barata que uma Burgman 650 e próximo da Honda SW-T600 e bem menos gulosa no que toca a combustível. Por falar em "gulosas", fui convidado a experimentar a máquina de serviço do meu cicerone, uma Yamaha TMax - é bonita mas muito, muito mais mamona e... que se passa, também vocês, Yamaha, não sabem fazer sofás?!.
No que toca a arrumações, na Integra, esqueçam, o capacete SHOEI é para andar debaixo do braço. É que ali no baú é onde começa a parte mota da scooter-mota (ou o contrário).
Acho-a mais estreita que a Burgman, mais alta claro. O protector do vento pareceu-me ajustável.
Em termos globais, gostei. Particularmente da perspectiva de ver uma 750 que consumirá menos que uma 400 (uma coisa que só os proprietários poderão confirmar) e de ter uma manutenção com períodos mais alargados. A corrente ao invés da correia também é algo a não desprezar.
Compraria uma? Só sei que nada sei.
"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm." René Descartes

Offline Sapiens21

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #1 em: 28 de Março de 2015, 20:06 »
Gostei muito de ler as tuas palavras e depois de chegar ao fim da leitura, pensei para comigo..vou dar um conselho a este companheiro:

Se tens amor ao teu dinheiro, não a vás experimentar! Esquece que esse modelo existe!
É que se por acaso a experimentares, quando regressares ao stand a pergunta que trazes no pensamento será..."Mas que raio de cor vou eu escolher!"


Agora a sério, é uma máquina excelente e os companheiros Limpinho, Crossfire, Vicente, entre outros membros do CPM proprietários do modelo, poderão aconselhar-te bem e com conhecimento de causa.  _convivio_

Offline karloxilva

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #2 em: 28 de Março de 2015, 20:55 »
"Mas que raio de cor vou eu escolher!"

Companheiro Sapiens, aquela com a lista vermelha, qual raio a cortar o preto, ficaria mesmo a matar com a cor do meu capacete.
Já agora, quando andei a pesquisar o peso dela para pôr no texto, descobri que está em campanha... até segunda-feira.
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Rodrigues

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #3 em: 28 de Março de 2015, 20:59 »
Dar mais de 7000 € por uma mota obriga-nos a pesquisar tudo o que possamos para que não nos venhamos a arrepender, é o que tenho feito, obviamente que não busco a perfeição mas algo que sirva os meus interesses e até ao momento é a Integra 750 que reúne os principais pergaminhos.
A falta de espaço debaixo do banco é compensado por umas belíssimas malas que lhe ficam muito bem completando um conjunto já de si armonioso.
Venha lá a carta que estou ansioso por fazer um teste, inclusive já recebi uma simpática oferta de um Companheiro que ofereceu a sua Integra para eu experimentar.
Os CPM são o máximo  _palmas_

Offline Sapiens21

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #4 em: 28 de Março de 2015, 21:00 »
Bem, com a tua última frase já percebi que te vais "desgraçar" e dar destino ao dinheiro numa bela fita vermelha sobre uma bela carenagem de cor preta.  ;)

Cuidado depois com os consumos....dizem por aí que consome o mesmo que uma 125cc em ritmo de passeio até aos 100km/h....invenções, o que queres que te diga!

Offline Fros

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #5 em: 28 de Março de 2015, 21:41 »
Companheiro karlosilva.

TMAX ē TMAX, tem emoção. Quem teve uma nunca esquece.

Offline karloxilva

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #6 em: 29 de Março de 2015, 15:15 »
Eu sei companheiro Frost. Não critico quem tem a possibilidade de realizar os seus sonhos, os meus sonhos é que se confrontam com o pesadelo do fim do mês... por outro lado, para que serve a vida se não tiver pingo de emoção? Eis uma equação mais difícil de resolver do que chegar com os pés ao chão.
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Joao Bernardo

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #7 em: 29 de Março de 2015, 21:25 »
Permitam que enquadre a coisa.
Ver motas novas aqui na margem direita do Sado é uma carga de água maior que aquela que sai pela foz. O concessionário Honda de Setúbal fechou, o antigo concessionário Yamaha não fechou mas já não representa a marca, tem apenas alguns modelos datados da Piaggio/Vespa, o concessionário que mais vende a Sym tem um negócio baseado nas motas em segunda-mão e oficina, há ainda outro que representa a sul-coreana Daelin, e um representante da Peugeot que tem nas chinesas o seu nicho.
Para se ver motas de modelos mais ou menos recentes, há que ir ao Seixal ou a Venda Nova, Sesimbra, onde estão estabelecidos os representantes de Yamaha, Suzuki e Sym, de um lado da estrada, e os menos exuberantes em termos de instalações mas simpáticos representantes da Kawasaki do outro lado da via (foi aí que experimentei a bonita J300).

A Integra.
Já tinha tido um contacto estático com a anterior versão 700 cc desta "moto-scooter", no pretérito concessionário setubalense. Na altura, pretendia subir de cilindrada, e algo confuso no bom sentido, mas já havia decidido que iria comprar uma scooter. Então, achei a mota alta para a minha estatura, o banco largo tornava-a ainda mais temível para quem até aí vinha desfrutando da "baby-burgman" 125. "Mal habituado", não me convenceu o espaço diminuto para guardar o que fosse.

Entretanto, a Honda incrementou o motor para 750cc, melhorando-o, e o DCT foi "domesticado" e tornado mais suave. Além disso a marca anunciou que havia mexido na ergonomia da mota. Concretamente, estreitou o o banco para "facilitar o acesso" (apesar de ter mantido a altura). Isto despertou-me a curiosidade. Hoje aproveitei o belo dia de sol para desfrutar das estradas que serpenteiam o sopé da Serra Mãe (A Arrábida) e fui vê-la.

Não conhecia o concessionário João Botas em Almoinha, Sesimbra. Cheguei a telefonar antes porque o "Botas" que conhecia não tinha Hondas. A explicação para o nome igual ao do proprietário do grande "stand" em Venda Nova é que são familiares.

O Botas que me interessava não fica longe, explico: em Santana, no sentido Cabo Espichel, vira-se na primeira à direita após os semáforos, desce-se até uma casa cinzenta, contorna-se a dita e vê-se logo as asas da Honda. Estou a dar estas informações em sinal de agradecimento pela simpatia com que fui recebido, que incluiu uma visita guiada pelo Sr. João Botas às instalações em fase final de acabamentos mas já funcionais.
Assim, a alguns quilómetros de Setúbal, por estradas agradáveis de percorrer, passaremos a ter ao nosso dispor quase todas as representações do mercado em locais relativamente próximos.

Pois, mas eu disse que iria falar da Integra...

De facto, dá para perceber que a acessibilidade foi melhorada, aliás tive oportunidade de subir à oficina para comprovar que o banco anterior era mais largo. E depois - não sei se isso já existia na versão anterior - também é possível baixar alguns centímetros a altura da mota através de uma barras paralelas localizadas por debaixo da mota, "sem prejudicar o seu comportamento". Uau...
Em termos de peso, deve ter mais um 10 quilos que a Burgman 400 (237 kg), todavia consegui manobrá-la para o fora do descanso com a mesma facilidade da minha Suzuki. Sentado sobre a mota consegui incliná-la um pouco e segurá-la com um dos pés bem assente no chão sem sentir insegurança. O banco parece-me confortável, mas acho a Burgman mais acolhedora - neste prrticular, desculpem-me, "Burgman é Burgman". O pendura não tendo um sofá não me parece que vá mal - lembro: desse lado da máquina já não é scooter, é uma mota.
A qualidade de construção parece-me irrepreensível, também  não é barata. Mas é mais barata que uma Burgman 650 e próximo da Honda SW-T600 e bem menos gulosa no que toca a combustível. Por falar em "gulosas", fui convidado a experimentar a máquina de serviço do meu cicerone, uma Yamaha TMax - é bonita mas muito, muito mais mamona e... que se passa, também vocês, Yamaha, não sabem fazer sofás?!.
No que toca a arrumações, na Integra, esqueçam, o capacete SHOEI é para andar debaixo do braço. É que ali no baú é onde começa a parte mota da scooter-mota (ou o contrário).
Acho-a mais estreita que a Burgman, mais alta claro. O protector do vento pareceu-me ajustável.
Em termos globais, gostei. Particularmente da perspectiva de ver uma 750 que consumirá menos que uma 400 (uma coisa que só os proprietários poderão confirmar) e de ter uma manutenção com períodos mais alargados. A corrente ao invés da correia também é algo a não desprezar.
Compraria uma? Só sei que nada sei.


Companheiro, Esse Sr João já trabalhou no Botas da YAMAHA/SYM/SUSUKI durante muitos anos, e acredito que terás em linha ai uma excelente equipa para não só vender a mota como também no mais importante para o futuro na manutenção da mesma.

Um outro stand da Honda que conheço e também o recomendo é o da Honda do Barreiro, passa por lá e assim poderes ver quem te dá o melhor preço pelo usado e pelo novo.

cumprimentos

Offline tma254763

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Re: Honda Integra 750, primeiro contacto (com a mota e o concessionário)
« Responder #8 em: 05 de Abril de 2015, 19:34 »
Boas,

Companheiro karloxilva pela minha esperiencia com a bela maquina INTEGRA aquilo que te posso adiantar é, assim que fizeres um teste queres fazer logo negocio já estão feitos cerca de 4000km e digo-te de puro prazer baixos consumos e não é mentira nenhuma gasta mesmo tanto como uma 125 e quando queres enrolar punho ela está lá cumpre bem esse papel quanto a arrumação tudo se altera com as belas malas manutenção de 12000 em 12000 também a ter em conta esteticamente tem que se gostar mesmo da mota uns chamam de scooter mas para   mim é uma MOTA a sério com caixa DCT tudo se  altera então em modo   S     aquilo tem mesmo genica.

Abraço e boas curvas   
Kymco DOWNTOWN 300i ABS
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