Antes de mais agradecer ao stand Motorway na pessoa do Sr. Paulo Tito que amavelmente disponibilizou a nova Honda VFR800X “Crossrunner” com apenas 143Km para um breve test drive a fim de se poder aferir as primeiras impressões sobre tão falada máquina.
A primeira coisa a salientar sobre a nova Crossrunner é como é fácil de montar, sendo o assento regulável (duas opções), sendo o teste efectuado com o standard até porque se tratava de um teste relativamente rápido e para as primeiras impressões sobre esta máquina. Comecemos por falar no equipamento que para além do assento já referido vem também com punhos aquecidos em 5 posições, piscas led automáticos que são uma mais valia pelo desligamento auto após a manobra, o conjunto óptico frontal, também ele led, dando maior visibilidade mas também fazendo-se notar melhor no transito (e isso foi bem notado), sem falar que lhe dá um toque bem mais charmoso, elegante e sofisticado.
Os acabamentos desta nova Crossrunner são de elevada qualidade, passando a mensagem que nada foi deixado ao acaso, o display digital LCD retro iluminado por leds permite uma visibilidade elevada com qualquer tipo de luminosidade do dia mesmo quando o sol tenta “prejudicar” essa visibilidade. O Painel conta além do velocímetro ladeado por um tacômetro na parte superior esquerda, também com marcha engatada, controlo de tracção on/off e qual o nível do mesmo selecionado (3), consumo de combustível, restante autonomia, relógio, temperatura ambiente, odômetros parciais (A e B).
Bom mas vamos falar propriamente do que foi este breve teste e quais as primeiras impressões e sentimentos, aos comandos desta nova Honda VFR800X… do ponto de vista dum utilizador comum que sem conhecimento técnico avalia pelo que sente e lhe é transmitido pelo veiculo.
Ao sentar na moto, que como já referido é de fácil execução, ficamos numa posição recta, eu diria que a ergonomia é perfeita, ficando com a sensação de «é isto, foi feita para mim», ligamos a chave e voilá eis que surge aquele sonoro do V4 ao qual o escape dá um “falsa” sensação do que temos ali… Iniciando a marcha rapidamente percebemos que os 242kg são transformados numa leveza extraordinária à qual não deverá ser alheio os 683mm do guiador que permitem um controlo muito seguro sem perder a sensação desportiva quando é necessário curvar, nem o facto do novo braço oscilante que veio trazer alguma leveza na traseira. Resumindo um pouco, a sensação foi que estamos perante uma moto com algum peso mas que em marcha tem uma grande agilidade e é fácil de manobrar mesmo a baixas velocidades e no meio do trânsito ajudada por uma caixa de velocidade que é de uma suavidade “irritante”.
O motor transmite várias sensações, se por um lado em baixas rotações estamos perante uma moto com um excelente torque e com capacidade de rodar a baixa velocidade com mudanças eventualmente acima do que seria “normal”, por outro lado quando aumentamos as rotações ela desenvolve de uma forma linear até um ponto que desperta a adrenalina com a entrada do já conhecido V-TEC.
Seja qual for a velocidade, e neste teste estas foram sempre reduzidas por várias razões, é sempre transmitido bastante conforto pela suspensão, também ela aumentada no seu percurso, e bastante segurança na maleabilidade da moto.
Em suma gostei bastante do que vi e senti, não será com certeza a mota perfeita e haverá melhores, sim com toda a certeza mas para o que se propõe, parece-me a mim simples utilizador, uma grande mais-valia para a Honda arriscando-me a perspectivar qui sá um caso sério de top vendas…
Fica a vontade de experimentar esta máquina com mais tempo e outro tipo de situações e configurações para que possa perspectivar eventualmente uma troca ;-)
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