Yamaha E-Vino: uma pequena "sub-citadina" eléctrica para 2015!
Este é daqueles modelos que eu tenho de confessar........assim que lhe coloquei o olhar pela primeira vez, a minha sobrancelha direita levantou em sinal de interrogação, do género....WTF?
Depois reparei no nome que lhe tinham dado e a coisa ainda se adensou mais, acorrendo-me de imediato à memória que o nome deste modelo (E-Vino) até lhe assentava bem, pois por certo os designers devem ter tratado de ver o fundo a uma boa garrafa de vinho antes de iniciarem os primeiros esboços.
Mas......Depois interessei-me um pouco mais pela leitura do que levou a marca a criar este modelo, a quem se destinaria, o propósito da mesma, as suas características de mobilidade...e até me envergonhei do que tinha pensado.
A verdade é que a Yamaha parece ter concebido a E-Vino com um foco muito concreto, ou seja, destinado-a às pessoas que pretendem um modelo absurdamente fácil de conduzir em cidade, extremamente leve, muito económico e com capacidade para levar dois passageiros mais alguma carga nas pequenas deslocações citadinas ou de puro lazer em curtas distâncias.
Este pequeno e curioso modelo será numa primeira fase vendido em Taiwan (primeira leva de 2.000 unidades) por um preço bastante simpático de €1.500 se atentarmos ao facto de se tratar de um modelo eléctrico.
Para reduzir o preço e também o próprio peso, a Yamaha concebeu este modelo unicamente com o que é verdadeiramente essencial.
O motor eléctrico de pequenas dimensões faz uso de uma bateria de lítio de 50V (destacável para facilitar o carregamento), com um tempo de recarga plena de aproximadamente 3 horas, que proporciona uma autonomia de até 33 Kms.
A velocidade máxima alcançável é de 44 Km/h, o que à partida parece mais que suficiente para as deslocações curtas a que se destina este modelo.
O peso desta scooter, com as baterias montadas, é de tão somente 66 Kg, fazendo uso de rodas de 10 polegadas com travões de tambor. Para se ter uma ideia mais concreta, pesa menos 40% da já de si bastante leve Yamaha D'elight....
E agora vem a parte em que este modelo mostra o porquê do seu lançamento...o seu propósito e a que se destina essencialmente......e aqui o impacto visual mais marcante advém desde logo do enorme cesto colocado/encaixado no escudo frontal da scooter e que esconde uma capacidade de carga altamente útil e rapidamente acessível para p. ex. colocar os frescos que se foram buscar à mercearia que fica ali a 5/10 minutos de casa....ou para colocar a mochila do filho que vai para a escola...ou para colocar a pasta e o portátil do jovem universitário que faz a sua deslocação diária até à Universidade, etc.
É um modelo para qualquer idade, que dá outra vida à mobilidade citadina que se deseja livre de emissões poluentes e que não tem pretensiosismos de ser mais do que na verdade é: uma eléctrica com um baixo valor de aquisição, que leva o seu proprietário de A a B com um baixíssimo custo/Km, com uma quase inexistente manutenção períodica e que se torna a alternativa ao carro sempre que a necessidade de estacionamento ou ocasião assim o propiciam.
Além deste grande cesto frontal e que irredutivelmente marca o design desta simpática sccoter, tem ainda pequenos espaços de armazenagem debaixo do assento e na parte interna do escudo frontal.
Ainda que o estilo adoptado neste modelo da Yamaha seja “vintage”, a instrumentação é totalmente digital.
Posto isto, o modelo que me causara tanto impacto no início e que me assolou a memória de pensamentos de reprovação pelo que via, acabou por no final me conquistar. Não sei explicar, mas aqui se poderá encaixar a expressão "primeiro estranha-se, depois entranha-se".
Não vou dizer que adoro desmedidamente o design, mas qualquer coisa houve que, passados breves minutos, me fez criar empatia com a sua simplicidade, com o seu ar de simpático veículo de transporte despretencioso, com o seu importante objectivo de ser pouco intimidatório por via do seu peso, dimensões e velocidade máxima apresentada.
E-Vino....um modelo que, segundo li nalguns artigos, poderá levar a Yamaha a propô-la em breve na Europa.
Assim os números de vendas mostrem os resultados desejados pela marca.