Geral => Assuntos Diversos => Tópico iniciado por: karloxilva em 20 de Agosto de 2020, 12:37
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Neste tempo de pandemia mundial que tem vindo a atingir particularmente os EUA com superlativos dignos de léxico presidencial, "great", "huge" e "enormous", a que se juntou a contestação contra um outro vírus, este social e longe de estar erradicado, a Harley-Davidson intervém com uma mensagem publicitária de esperança que procura avivar o interesse nacional pelas motos, que estudos locais dizem ter vindo a decrescer nos últimos anos, bem como reacender nos motociclistas a chama do espírito que foi consagrado por Hollywood e tornou a HD uma marca de projecção mundial.
O resultado é um conjunto de seis pequenos vídeos produzidos e realizados pelo actor norte-americano Jason Momoa, protagonista do útimo "Conan "e "Aquaman", para lembrar participações mais conhecidas, tido como fã da Harley-Davidson. Na série, o actor acompanha os caminhos de seis motociclistas durante a pandemia. Nesta viagem, os amigos, a família e o espírito de comunidade são enaltecidos e, claro, lembrado o sentimento de liberdade de ter a estrada como destino.
Harley Davidson a procurar mostrar que é "rebelde" mas com causa: "United We Will Ride."
Aqui, um dos vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=YZUxtCkf1-Y (https://www.youtube.com/watch?v=YZUxtCkf1-Y)
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Técnicamente o video está bem conseguido e projeta desde logo aquela imagem tão bem associada à Harley sempre enraizada nos lugares comuns norte-americanos.
Fico com a ideia de ser mais um pastiche que tenta colocar a marca numa imagem de um certo lugar comum politicamente correto, isto numa América infelizmente dividida por motivos raciais e com uma gigantesca crise sanitária inimaginável e surreal. :'( :'(
"United We Will Ride" ?? talvez seja já tarde de mais.... :(
Boa partilha... _pol_
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De qualquer forma, há que dizê-lo, toma o partido correcto quando, poucos anos após ser concedido o direito de voto aos descendentes dos escravos, o problema está longe de estar resolvido nos EUA - no relógio da História, Martin Luther King foi ontem.
Aliás, há um filme sobre a história da HD (um filme é um filme...) em que aparece no núcleo inicial um negro que, ao arrepio dos tempos de Ku Klux Klan, os fundadores da marca teimaram em manter. O que interessava é se o indivíduo era ou não bom mecânico. Ao fim e ao cabo, o que interessa verdadeiramente em todos os pormenores da vida.
Quem embarca em generalizações sobre cores de pele e etnias é que está errado, isto não é ser "politicamente correcto", é ser correcto, ponto.