O fim do motor de combustão interna, em termos de produção europeia, estava previsto desde que o respetivo texto foi assinado a 14 de fevereiro pelos Estados-membros da União Europeia no Parlamento Europeu. Assim foi feito… Se, em 2035, ainda for possível conduzir um veículo com motor de combustão, já não deverá ser possível comprar um novo a partir dessa data. Era o fim programado do clássico motor de combustão. No entanto, este calendário não agradou a todos os estados membros.
A Polónia, tal como a Bulgária, recusou-se a fazê-lo e a Itália manifestou a sua desaprovação desde muito cedo com o apoio de vários fabricantes, em particular da Ferrari, que queriam poder continuar a produzir motores térmicos até certo volume para preservar o emprego; foi a famosa emenda da Ferrari que causou tanto barulho no Parlamento Europeu!
No passado dia 7 de março, o Conselho da União Europeia ficou muito surpreso ao ver a Alemanha recusar-se a assinar o texto, causando assim um inesperado revés para o futuro. Com efeito, para que o texto final fosse validado, era necessário reunir a assinatura de pelo menos o equivalente a 65% da população europeia. E com a desconfiança da governação alemã e dos seus 83 milhões de habitantes, somada ao trio Itália, Bulgária, Polónia, as cartas voltam a embaralhar-se.
https://motomais.motosport.com.pt/noticias/alemanha-diz-nao-ao-fim-do-motor-termico-em-2035/