Autor Tópico: A sinistralidade  (Lida 4475 vezes)

Offline moto2cool

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A sinistralidade
« em: 19 de Novembro de 2018, 15:11 »
Fico sempre preocupado quando vejo falar de sinistralidade. Não porque seja um tema a evitar ou porque não seja uma preocupação no dia a dia do motociclista, mas porque existem agendas de interesses ligados economicamente ao sector que têm muito ganhar e que não menosprezam qualquer oportunidade de agitar fantasmas no que são acompanhados pelo poder político, seja por interesses escondidos ou simples incompetência.
Antes que o discurso venha ter connosco outra vez, que fique claro que este ano tem tido uma muito vantajosa evolução face ao ano passado, que não foi bom:
Motociclos 2018 (variação em relação a 2017) (acumulado em julho):
Mortes=35 (-16)
Feridos graves =198 (-30)
Feridos leves = 2922 (-99)
Total vitimas = 3155 (-145)
Cada vítima é uma infelicidade, cada morte uma desgraça e lamenta-se cada uma delas. Mas não nos venham atirar poeira para os olhos.
Fonte:relatório de julho da ANSR

Já agora no Público vem uma reportagem em que referem que o secretário de Estado na cerimónia do dia das vítimas na estrada citou o"sucesso" do aumento de 82,2% nas contra - ordenações e mais 21% nos autos cobrados.
Pois. Enquanto olharem para isso como indicador que estão a fazer alguma coisa percebe-se porque isto anda mal :)


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Offline jcsc

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Re: A sinistralidade
« Responder #1 em: 06 de Março de 2020, 16:43 »
Relatório de Sinistralidade ANSR referente a Janeiro/20.

"Em relação aos veículos intervenientes, prevalecem os automóveis ligeiros (68,8%), muito embora se tenha verificado um acréscimo de +80,1% nos ciclomotores e motociclos envolvidos em acidentes com vítimas comparativamente com o ano transato."

http://www.ansr.pt/Estatisticas/RelatoriosDeSinistralidade/Documents/2020/Relat%C3%B3rios/Relatorio%20Janeiro%202020_AT.pdf
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Offline moto2cool

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Re: A sinistralidade
« Responder #2 em: 06 de Março de 2020, 17:08 »
É preocupante o crescimento de acidentes nos motociclos embora não seja claro o tipo de vítimas.
Claro que não está em causa a responsabilidade do acidente, mas os intervenientes.
Impressionante é o crescimento do número de controlados por radar
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Offline davidsantos

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Re: A sinistralidade
« Responder #3 em: 07 de Março de 2020, 21:15 »
É sempre de lamentar, mas infelizmente como condutores seja de mota ou de carro assistimos a manobras e malabarismos na estrada que demonstra uma clara falta de respeito pelo próximo e  senão houver uma noção de civismo as coisas não melhoram.
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Offline ruicosta

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Re: A sinistralidade
« Responder #4 em: 11 de Março de 2020, 21:39 »
A propósito deste assunto, relato da minha viagem ontem, casa-trabalho, 9km:
- saída do local de trabalho, uma senhora em estacionamento longitudinal esqueceu-se de olhar para o espelho, de olhar para o lado e de fazer pisca antes de arrancar, foi por pouco;
- 200 metros mais à frente, outra senhora, em estacionamento perpendicular, decidiu tirar o carro sem olhar e mais uma vez foi por pouco;
- 500 metros depois, um tipo decidi mudar para a faixa da esquerda sem olhar e sem fazer pisca, mais uma travagem;
- 2 ou 3 kms depois, uma carrinha tipo Ford Transit decide ultrapassar um tractor, quase em cima duma curva e o estúpido, num ligeiro, que vinha atrás da carrinha, decidiu fazer o mesmo, completamente tapado pela carrinha (imaginem quem vinha de frente?);
- mais uns 2 kms, numa curva/contra-curva, em que a contra-curva não tem qualquer visibilidade, aparece-me um tipo a uns 100km/hora, a cortar a dita;
- quase a chegar a casa, estava a preparar-me para virar à esquerda num cruzamento mas à espera que passasse um carro que vinha de frente e de repente o dito carro começa a fugir para a minha faixa porque o condutor vinha entretido com o telemóvel tendo-me desviado a tempo e assim safei-me por pouco.

Nada contra os enlatados, também ando de carro aliás, tenho muito mais kms de carro do que de mota
Com conduções destas tem mesmo de haver acidentes. Se eu andasse mais distraído ou a acelerar já me tinha espetado/espalhado à grande.Ontem numa única viagem tive 6 "oportunidades" de o fazer e em todas elas quase não tive tempo de reagir e valeu o facto de conseguir travar/desviar-me a tempo.

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Re: A sinistralidade
« Responder #5 em: 12 de Março de 2020, 10:23 »
Rui, com todos esses quase incidentes no mesmo dia bem merece acender uma velinha a nossa senhora dos motociclistas aflitos. :)

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Offline karloxilva

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Re: A sinistralidade
« Responder #6 em: 12 de Março de 2020, 11:35 »
A propósito deste assunto, relato da minha viagem ontem, casa-trabalho, 9km:
- saída do local de trabalho, uma senhora em estacionamento longitudinal esqueceu-se de olhar para o espelho, de olhar para o lado e de fazer pisca antes de arrancar, foi por pouco;
- 200 metros mais à frente, outra senhora, em estacionamento perpendicular, decidiu tirar o carro sem olhar e mais uma vez foi por pouco;
- 500 metros depois, um tipo decidi mudar para a faixa da esquerda sem olhar e sem fazer pisca, mais uma travagem;
- 2 ou 3 kms depois, uma carrinha tipo Ford Transit decide ultrapassar um tractor, quase em cima duma curva e o estúpido, num ligeiro, que vinha atrás da carrinha, decidiu fazer o mesmo, completamente tapado pela carrinha (imaginem quem vinha de frente?);
- mais uns 2 kms, numa curva/contra-curva, em que a contra-curva não tem qualquer visibilidade, aparece-me um tipo a uns 100km/hora, a cortar a dita;
- quase a chegar a casa, estava a preparar-me para virar à esquerda num cruzamento mas à espera que passasse um carro que vinha de frente e de repente o dito carro começa a fugir para a minha faixa porque o condutor vinha entretido com o telemóvel tendo-me desviado a tempo e assim safei-me por pouco.

Nada contra os enlatados, também ando de carro aliás, tenho muito mais kms de carro do que de mota
Com conduções destas tem mesmo de haver acidentes. Se eu andasse mais distraído ou a acelerar já me tinha espetado/espalhado à grande.Ontem numa única viagem tive 6 "oportunidades" de o fazer e em todas elas quase não tive tempo de reagir e valeu o facto de conseguir travar/desviar-me a tempo.

Das duas uma: os "piscas" deixaram de ser obrigatórios como as pálas nas rodas traseiras ou então ou passaram a ser opção e a malta prefere a alavanca para controlar o multimédia no "tablier".

O melhor conselho para os mais "novos": Esperar sempre o mais estúpido e inesperado, nunca confiar.

- Guardar sempre uma distância de segurança que permita travar ou "fugir" da situação se o enlatado mudar de direcção sem dizer "aí vai água".
- Nunca se meter a ultrapassar do lado direito, isso é burrice: o condutor da frente pode decidir virar à direita sem sinalizar a manobra. Além disso, numa bicha de trânsito (agora diz-se "fila") pode haver companheiros a ultrapassar pela esquerda ou mesmo a furar as filas (aqui, com significado original: carros lado a lado). Se há enlatados confusos, não aumentemos a coisa ultrapassando pelos dois lados. Digo esta porque já vi até quem aproveite as faixas dos ciclistas... basta o tipo parar e o pendura abrir a posta...
- Mesmo que haja um sinal à frente, não confiar que quem está no cruzamento/entroncamento vai respeitar a prioridade. Não olhem para o carro, olhem para os olhos do condutor. Eu sei, às vezes é difícil porque ele está de olho no "smarphone"... pelo menos sabemos com o que podemos contar.
O meu "upgrade" ideal na "gorda" não seriam uns LED daqueles que deixam os oponentes como se tivessem apanhado uma "flashada" de uma máquina fotográfica a meio metro dos olhos, nem um daqueles escapes tipo "save lives", o que gostaria era conseguir instalar uma buzina pneumática de um camião...
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BlueCat

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Re: A sinistralidade
« Responder #7 em: 19 de Maio de 2020, 14:05 »
A minha XMAX fui buscá-la à Yamaha a 13 de Março deste ano e a 19 de Abril um enlatado que devia estar farto de estar de quarentena arrancou do estacionamento sem sinalizar e abalrroou-me a Scooter. Tinha apenas 230km percorridos.

Só uns dois plásticos ficaram sem danos ou marcas.

Estou ainda à espera que as peças cheguem à oficina para voltar a ter a XMAX.

Portanto, já faço parte da estatística mas, sem qualquer culpa no processo.

Fiquem bem.
« Última modificação: 19 de Maio de 2020, 14:09 por BlueCat »

Offline JPA

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Re: A sinistralidade
« Responder #8 em: 19 de Maio de 2020, 14:28 »
Já ouviram a expressão " loud pipes saves lives"?

- Por vezes um veículo de 2 rodas deveria ter uma outra "afirmação" na estrada, ver, ser visto e igualmente ouvido!

Infelizmente nem sempre corre bem e há exageros...

E que tal uma buzina mais forte para substituir o tradicional claxon que parece um ovelha a berrar!!



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Offline davidsantos

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Re: A sinistralidade
« Responder #9 em: 19 de Maio de 2020, 15:21 »
Já ouviram a expressão " loud pipes saves lives"?

- Por vezes um veículo de 2 rodas deveria ter uma outra "afirmação" na estrada, ver, ser visto e igualmente ouvido!

Infelizmente nem sempre corre bem e há exageros...

E que tal uma buzina mais forte para substituir o tradicional claxon que parece um ovelha a berrar!!



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Essa ouvesse bem kkk
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Re: A sinistralidade
« Responder #10 em: 21 de Maio de 2020, 09:51 »
E se as motos não são ouvidas sem os escapes alterados, pior está para vir no futuro com os carros electricos que ninguem ouve, nem mesmo os piões.

Deviam arranjar um sistema com som

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Re: A sinistralidade
« Responder #11 em: 21 de Maio de 2020, 10:06 »
E se as motos não são ouvidas sem os escapes alterados, pior está para vir no futuro com os carros electricos que ninguem ouve, nem mesmo os piões.

Deviam arranjar um sistema com som


Para juntar a tudo isso ainda tens uma geração que anda sempre de fones ... _martelada_
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Re: A sinistralidade
« Responder #12 em: 23 de Maio de 2020, 16:16 »
Antes da Xmax fiz milhares de km de e-bike e se não atropelei vários peões em várias ocasiões foi uma questão de sorte e destreza a desviar-me de quem se atira para o meio da estrada sem ver.

Ironicamente, aquando da escolha da Xmax, ponderei uma mota eléctrica Super Soco TC Max, e acabei de me decidir pela Yamaha. Com apenas 230km na Xmax fui abalrroado por um enlatado que saiu de um estacionamento sem me ver e ouvir.

Imaginem se a Xmax fosse elétrica...

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Re: A sinistralidade
« Responder #13 em: 23 de Maio de 2020, 17:14 »
Antes da Xmax fiz milhares de km de e-bike e se não atropelei vários peões em várias ocasiões foi uma questão de sorte e destreza a desviar-me de quem se atira para o meio da estrada sem ver.

Ironicamente, aquando da escolha da Xmax, ponderei uma mota eléctrica Super Soco TC Max, e acabei de me decidir pela Yamaha. Com apenas 230km na Xmax fui abalrroado por um enlatado que saiu de um estacionamento sem me ver e ouvir.

Imaginem se a Xmax fosse elétrica...

É de lamentar as pessoas que não olham para aonde vão e quem vem sossegado da sua vida e lava com um palhaço desses.

Espero que não tenhas lesões desse acidente. Nuca estamos bem por causa dos outros....Enfim

Agora é so esperar que venha as peças para a tua Yamaha.

Abraço
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Offline davidsantos

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Re: A sinistralidade
« Responder #14 em: 23 de Maio de 2020, 22:03 »
Antes da Xmax fiz milhares de km de e-bike e se não atropelei vários peões em várias ocasiões foi uma questão de sorte e destreza a desviar-me de quem se atira para o meio da estrada sem ver.

Ironicamente, aquando da escolha da Xmax, ponderei uma mota eléctrica Super Soco TC Max, e acabei de me decidir pela Yamaha. Com apenas 230km na Xmax fui abalrroado por um enlatado que saiu de um estacionamento sem me ver e ouvir.

Imaginem se a Xmax fosse elétrica...

O importante é que estejas bem, e a máquina há de ficar em forma, e habitua te eles não vêem nem ouvem nada nunca...
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Re: A sinistralidade
« Responder #15 em: 24 de Maio de 2020, 23:57 »
Rui, com todos esses quase incidentes no mesmo dia bem merece acender uma velinha a nossa senhora dos motociclistas aflitos. :)
Não foi preciso veja. Salvo erro foi a última viagem da burra, até esta semana.

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