HONDA CB125F - 1º CONTACTO…segue-se o test-rideConfesso-me danado para ir ver pessoalmente as novidades que saem no mercado sempre que sou informado das mesmas e o impulso que me leva a sair bem cedo de casa, é disso reflexo!
Hoje não foi diferente e cerca de 30 a 40min. depois de ter acordado, já estava na garagem pronto para rumar ao concessionário Honda aqui em Évora (Motodiana) e ver o que tinham por lá….ainda que mentalmente já me tivesse preparado para o que seria.
Chegado ao concessionário e ainda sem ter imobilizado por completo a Forza, os meus olhos perceberam de imediato que modelo tinha o concessionário recebido….era a novíssima e acabadinha de chegar ao nosso país….CB125F.
O espanto de estar logo ali à entrada e com as letras mágicas na lateral do depósito “TEST-DRIVE” multiplicaram-se por três!!! É que além da unidade de cor preta que se encontrava do lado de fora, a Motodiana tinha recebido e prontas para venda igualmente outras duas unidades de cor branca e vermelha.
Confesso-me um bocado impulsivo quando estou perante novidades e após os cumprimentos devidos...e merecidos ao pessoal do concessionário e, sem muito mais conversa, perguntei logo:
“Têm aí a chavinha da CB que está ali fora?”A resposta, no entanto, não poderia ter sido mais desanimadora para o meu anseio….é que a unidade ali presente efectivamente estava prontinha para rolar, mas o seguro da mesma ainda não estava concluído e só mesmo na 2ª feira se poderia avançar com os test-rides.
Não sei se exteriorizei um pouco de desanimo naquele instante, mas a verdade é que de imediato e com toda a simpatia me foi dito que poderia colocar os modelos todos lá fora para os ver, sentar-me, manusear todos os comandos, etc…a Motodiana já sabe que gosto de me dar a essas coisas também!
Assim, ficou decidido que por lá passaria na 2ª feira ao final do dia ou o mais tardar na 3ª feira para testar a unidade, pelo que logo que o faça utilizarei este mesmo tópico para o publicar.
1º Contacto...Posto isto, a minha presença ali teve de se resumir (por enquanto) a um 1º contacto com este novo modelo da Honda, o qual se revelou logo nos primeiros instantes muito leve e extremamente fácil de manusear. É verdade que os depósitos de combustível teriam basicamente 1 ou 2 litros de combustível, pelo que a percepção com que fiquei poderá ser ligeiramente diferente quando cheio, com o natural aumento do peso na zona superior da moto.
Quanto ao design da CB125F ao vivo, lembrei-me das palavras do companheiro mpaneves que a tinha visto há 2 dias atrás e com as quais concordo em absoluto….a CB125F vista presencialmente transmite uma ideia melhor do que aquela que se tem por imagens.
Perdeu um pouco aquele ar mais sport de moto semi-carenada, para ganhar uma clara tendência para um design que, sem deixar de ter carenagens, apela a um ar mais naked, o qual começa por ser transmitido desde logo pela sua secção frontal e pela conjugação do farol estilizado e inexistência de vidro frontal (pelo menos de série!).
O porte da mesma e apesar do seu peso baixo e pouco intimidatório para quem se inicie nas 2 rodas, é aquele que se espera de um motociclo de 125cc, tendo no entanto...e para mim só fica a ganhar, um depósito de concepção mais larga e uma carenagem proeminente que se prolonga até à zona frontal da CB, transmitindo a ideia de uma moto mais larga e possante, do que é na realidade.
As rodas, por opção da marca, têm maior diâmetro, contando agora com 18’. Os pneus não têm um diâmetro particularmente largo, pelo contrário, pelo que apenas no teste dinâmico que lhe farei poderei concluir até que ponto isso afectará o comportamento desta 125cc cujo carácter ainda assim não está voltado evidentemente para a velocidade. Tomei conhecimento que haverá 2 marcas de pneumáticos a servir este modelo, não me tendo apercebido, meramente por esquecimento, que marca de pneus montavam aquelas 3 unidades.
Quanto às jantes, são espectaculares!
Aliás, são elas e em grande medida, as responsáveis por dar um carácter um pouco mais desportivo ao modelo, pois sem elas a sua expressão visual não seria tão marcante. Aqueles raios de cor cinza-escuro, concebidas de forma quase que a anunciar um perpétuo movimento, encaixam perfeitamente no visual deste novo modelo da Honda. Este ponto em particular chamou-me bastante à atenção e aplaudo a decisão da marca em sair do conservadorismo de jantes simples, para cada vez mais apostar neste tipo de concepção bem mais apelativa. Aqui encaixa perfeitamente a máxima:
“Os olhos também comem!”O banco, após me ter sentado aos seus comandos, pareceu-me suficientemente confortável, sem ser naturalmente nenhum exemplo de grande destaque. No fundo, poderei dizer que cumpre com o
package e com o que se exige da marca e categoria de veículo. O banco situa-se a uma altura acessível e não me parece que cause problemas a qualquer condutor.
As suspensões não as testei pois, como já referi, ainda não foi possível efectuar o teste dinâmico, mas ainda assim não deixei de apreciar a opção da marca em colocar neste modelo dois amortecedores traseiros com a espiral de cor vermelha (não fica piroso, acreditem!) e um curso da suspensão dianteira longo e prenunciador de conseguir digerir o piso mais degradado com alguma facilidade.
O accionamento dos comandos é do mais fácil que pode haver, com uma localização muito intuitiva e uma operacionalidade rigorosa. Aliás, neste tocante fiquei espantado com a suavidade da caixa e tacto da embraiagem, pois estando ali imobilizado no parque exterior do concessionário e sem a possibilidade de ir dar uma volta (maldito seguro!), não me coibi ainda assim de accionar a caixa de velocidades durante um breve momento.
O escape, mais curto do que na anterior e agora descontinuada CBF125, assenta bem no design do modelo, sem ser demasiado desportivo ou demasiado clássico. No fundo, compõe o seu perfil de forma bem conseguida sem entrar em excessos.
A qualidade da pintura, colocação e junção dos painéis e peças mecânicas visíveis, aparentemente transmitem durabilidade a longo prazo, mas sendo este um aspecto só passível de ser conferido com o passar do tempo, reservo-me em tecer muito mais palavras do que estas.
O painel de instrumentos poderia talvez ir um pouco mais longe, mas se me detiver a pensar no propósito do modelo, compreendo a decisão da marca. Apresenta-se um pouco mais moderno que o anterior, ainda que continuando à boa maneira do analógico…mas, e isto é importante…já possui indicador de mudança engrenada! Considero, como disse, este aspecto extremamente importante, pois demonstra que a Honda reconheceu ser este um modelo de "rampa" para voos mais altos e o facto de o tornar o mais fácil de conduzir possível, passa por também permitir aos recém encartados a possibilidade de facilmente saberem que mudança se encontra engrenada a cada momento, até tal situação se tornar naturalmente intuitiva. Boa decisão esta de colocar num modelo de 125cc esta indicação da mudança engrenada a cada momento!
Globalmente, este modelo da Honda apela precisamente a esse público que gostaria de se iniciar nas 2 rodas e fazê-lo com um modelo de baixo custo de aquisição (relembro que o preço é bastante bom atendendo ao produto apresentado - €2.590 + desp.); extremamente fácil de conduzir e perfeitamente capaz de ostentar o título de
user-friendly; com uma mecânica que tem provas dadas em termos de durabilidade e agora melhorada tanto no motor propriamente dito, como na injecção electrónica; uma posição de condução que permite ser conduzida por condutores de diversas estaturas e um design que, sem ser de virar cabeças, ainda assim se apresenta moderno e consentâneo com aquilo que se espera de um produto recém-lançado.
AGRADECIMENTO: Obrigado à Motodiana por me ter deixado à vontade para conhecer melhor os modelos nas 3 cores ali disponíveis e permitir-me levar a cabo esta sessão de fotos para o CPM.
Na 2ª feira ou o mais tardar na 3ª feira...cá colocarei o teste dinâmico ao modelo...