Yamaha, Xmax 400 a Scooter que quer ser mota....
A gama Xmax, da Yamaha, actualmente será talvez das mais populares entre as Scooters da marca, juntamente á Tmax .
Marca fundada em 1887, por Torakusu Yamaha, originalmente fabrica de pianos e órgãos, batizada originalmente como Nippon Gakki Co. Ld.
Depois da 2ª grande guerra , o presidente do grupo reaproveitou componentes e tecnologia, desenvolvidos em esforço de guerra para o fabrico de motas.
A primeira mota a YA-1 , foi construída em 1954 e produzidas 125 unidades de 125cc, monocilindricos de dois tempos, utilizando para o efeito antigas máquinas de fabrico de aviões.
Curiosamente o Y de Yamaha o A e o 1 simbolizavam a primeira moto do que seria a Yamaha Motor Co LTd que hoje tão bem conhecemos.
Confesso que para mim, a Yamaha, durante anos , conhecia-a mais pelos aparelhos de som, fora outros com que conhecemos embora nem sempre nos digam algo digam diretamente, como motores de barcos, de Kart , jet skis, carrinhos de golfe, baterias de som, guitarras etc..
No que toca a nós Scootards, motas como a Fazer, Virago, XtZ, a Dragstar e a V-Max 1200, muito á frente em design, marcaram o mundo das duas rodas, se calhar só de passagem ou pelos nossos amigos que nos surgiam subitamente de capacete.
A Xmax, aproveitando a boleia da T-Max , foi apresentada ao publico em 2005, com a 250 cc , e como sendo a irmã mais nova do modelo de sucesso de 500 cc. Assim, foi um êxito instantâneo e logo comercialmente viável conseguindo alcançar o sucesso pelo seu espaço debaixo do banco, conforto, resposta do motor a 4 tempos, perfeitamente eficaz para este tamanho de scooter.
Neste Test Drive, não fiquei á espera que me emprestassem qualquer scooter, uma vez que fui o feliz proprietário de uma Xmax 125 cc modelo 2010 e saltei, este ano para a Xmax 400 ABS cujas as referencias tenho feito no meu diário de bordo.
Preferia não fazer considerações de beleza, mas não resisto, de facto esta Xmax de cor Titânio é a minha favorita , e de mais uns quantos transeuntes, realmente a Scooter deixa pessoas a olhar para ela , para não referir que quando estacionei junto a uma BMW C 650 GT , ouvi pessoas a comentar a beleza da Xmax comparativamente á minha Scooter de sonho, a BMW 650 , claro que me babei todo, e dei muitos beijinhos de orgulho á Xmax que fixou toda inchada de vaidade !
Mas vindo de pessoas que não sabiam tecnicamente avaliar, a estética já ganhou!!
Portanto a Xmax 400 ABS, foi lançada cerca de 6 meses depois da versão sem ABS, erro comercial, há quem diga, da minha parte, tudo bem, porque só tirei a carta de mota este ano .
Derivada da Majesty 400, fabricada no Japão, a Xmax 400 tal como as restantes da gama é uma Scooter igual á MBK francesa, e fabricada pela mesma empresa em França, o que não significa necessariamente ser pior.
Depois da gabarolice de um feliz proprietário ,
vamos a factos; a Xamx 400 ABS é impulsionada por um motor de 395 cc que debita 23 Cw/ ás 7500 rpm ou melhor, na nossa gíria, 31 cavalinhos, ponto final.
Tem uma suspensão tradicionalmente de scooter, isto é forquilha telecópica á frente , portanto um curso pequeno e pouca absorção de irregularidades, logo para trajetos mais urbanos.
O sistema de suspensão traseira é de braço, com dois amortecedores, que não a favorecem nada, pelo contrário, tornam esta Scooter algo dura.
Ao nível do conforto, não sendo desconfortável, não se aproxima da Tmax, isto é, não é confortável
penso que existam outras bem mais no mercado. Em compensação é uma Scooter que curva bem, com limitações de altura da carnagem , mas que dá segurança e maneabilidade a passar entre o transito.
A altura do assento, é prejudicada pela largura do mesmo e pela grande capacidade de bagagem debaixo do assento, dois capacetes e mais qualquer coisa, o que comparativamente é muito bom, mas pessoas com menos de 178 ficam literalmente penduradas até encontrarem o ponto de estabilidade que será mais á ponta do assento.
Portanto, espaço de arrumo bom, esqueceram-se da luzinha de cortesia, mas isso há quem resolva HOMEMADE ( abraço Nugeral) , altura para melhor estabilidade e manobras já menos bom , mas a sua agilidade em trajecto não será prejudicada.
Ao nível do conforto ainda , temos umas peseiras que poderiam ser mais largas, os do pendura , já vi melhores mas servem para pisar qb.
Os plásticos da Scooter em geral, não me parecem maus, pelo contrário, mas aqueles compartimentos , um com chave, e outro livre, credo, que fraquinhos, se não ficarmos com a tampa na mão será um milagre,
comparativamente aos modelos de 2010-2013 das Xmax, estes compartimentos têm portinhas muito mais fraquinhas.
Manómetros: Curiosamente embora esteticamente a X-400 seja igual ás irmãs 125 e 250 cc de 2014, os manómetros mantêm-se idênticos aos modelos de 2010, não é digital, : pese embora com as informações redesenhadas e alguns avisos adicionados, de resto falta-lhe a média de consumo e tempo de viagem parcial, a primeira justifica-se, ☺ não convém o condutor ter sustos durante a condução.
As luzes:
As luzes da Xmax são potentes com luzes de LED á frente e atrás, muito embora , tivesse mais satisfação á noite com a Xmax 125 antiga, já que esta tem as luzes mais sobre o lado direito, o que obriga a utilização das luzes de estrada em locais mais escuros ou quando a noite assim o obriga, comparativamente com a PCX 125 , esta tinha uns lampiões de meter respeito. Portanto, não gostei tanto.
O Motor:
O motor de 395 cc e o quadro bem desenhado e leve proporcionam um desempenho desportivo que permite agilidade e rapidez mais do que suficiente em estrada livre, permitindo mesmo uma condução desportiva e segura perante alguns enlatados mais arrojados .
Portanto, esta Xmax 400 tem o condão de nos conduzir no trafico urbano e de deixar deslizar pelas estradas nacionais a velocidades, digamos, bem acima das autorizadas.
No IC19, onde circulo diáriamente, já não dispenso uma velocidade cruzeiro, acima dos 100 e depois em autoestrada atingiu a descer até Vila Franca, com vento a favor os 170 km’s/h.
Facilmente o máximo de velocidade anda pelos 160, e a velocidade cruzeiro nos 120-140 Km’s /h.
O motor sente-se bem, vibra desde o memento que lhe damos á chave
, muito rápido a subir de rotações , proporciona um coice quando aceleramos com vivacidade ao que a X400 responde de imediato, sensação conhecida pelos utilizadores da PCX.
Quando se a quer suave, basta dar-lhe o gás mais moderadamente ao que ela responde com suavidade subindo de regime gradualmente, contudo ás 5000 rpm sinto que tem uma vibração como se a força a subida de rotação, mas também essa sensação pode característica das monocilíndricas .
Os consumos ao contrário da irmanzita de 125 cc que estabilizou nos 2,8 esta varia ,muito, consoante o transito e o punho que no meu caso tem andado pelos 4,3 litros, mas que a acompanhar o pessoal do CPM em regime de grupo, desceu para os 3,8 litros, portanto, o consumo depende muito de quem conduz, e nesta scooter depende mesmo.
Segurança:
Felizmente não foi necessário utilizer os travões de disco com ABS de forma a este sistema accionar as mandíbulas dos dois discos frontais e um traseiro.
Experimentei em estrada molhada e não me pareceu que fosse nenhum drama, ela travou em pouca distancia, com a manetes a serem pressionadas de forma calculada.
Neste campo, como referi , nada a apontar nem a desampotar, por enquanto e felizmente, no que toca á travagem normal, ou convencional, percebi que segundo as instruções do manual , em caso de avaria do ABS, o sistema de travagem passa a ser o convencional, o que me pareceu ser até agora, embora as manetes me pareçam mais esponjosas do que desejaria, já reclamei na oficina mas ignoraram.
Aceleração e prazer de condução:
Neste capitulo a Xmax 400 dá muito que escrever pelo que irei sintetizar sensações que cada um poderá experimentar .
A aceleração da Xmax 400 é de facto muito rápida, leva menos de 8 segundos dos 0 aos 100, mais rápida que a Tmax, o motor monocilindrinco, como é usual no genero, debita alguma terpidação que eu entendo como potência, e que nos quase obriga a acelerar para atenuar essa vibração e roncar do motor. Quando damos gás, o impulso é evidente e a mim pessoalmente dá-me algum gozo (lá está! Gostos) e aprecio deixar os enlatados e as PCX para trás, como faço ainda quando ando com a minha PCX (esta tem sempre motivos para me impressionar) ☺.
De resto, é muito estável, deixa-se abanar com ventos laterais, e faz-se sentir do peso atrás quando comparamos com motas de ciclistica dita normal. È preciso ganhar alguma confiança para rodar as rotundas sem hesitação. Em condução sinuosa, comporta-se QB, mas em Auto estrada devora estrada sem desconforto até aos 150 km’s, depois depende dos ventos e estrada.
De resto gosto muito, e quando voltei da Tmax, a diferença não foi assim tanta como eu pensei.
Os Pneus de origem são os Michelin City Grip, 13” de 15 cm largo atrás e 15” á frente, com 12 cm de largo, o que significa na prática são bons , confortáveis e seguros, vou manter!
Gostei:
Estética 5*****
Motor e impulso
Espaço de arrumo debaixo do banco
Não gostei:
Iluminação frontal
Consumo
Preço versão ABS 6,600€ + papelada