Após algumas semanas à espera que fosse disponibilizada uma X-MAX 250, eis que recebo uma chamada, a máquina chegou ao Estoril, mais concretamente ao Concessionário MJ Paiva. Maravilha, hoje pela manhã cheguei ao local e depois das habituais burocracias peguei na moto.
Observei a máquina durante algum tempo, esta é cinzenta, está bonita e mais desportiva, notando-se a diferença especialmente na frente e no painel de instrumentos. Tem sem dúvidas bons acabamentos, na tradição da marca e que justificam o preço pedido. O espaço sob o banco é enorme, ainda que sem revestimento de alcatifa, o mesmo se aplicando à gaveta frontal, com chave.
Arranco e ouço o motor com um ronco seco e abafado, típico de um monocilíndrico, neste caso ainda pouco rodado. O motor é suave e tem binário, além de não vibrar muito, uma vantagem desta cilindrada.
Direcção A16, sinto o conjunto suspensões e assento, há firmeza sem dúvida, mas apenas a suficiente, o banco é espaçoso e confortável e as suspensões fantásticas. Absorvem as irregularidades de forma decidida sem hesitações, mas não massacram o corpo.
O motor está notoriamente preso, mas ainda assim tem presença, bem rodado leva esta scooter a grandes andamentos sem dúvida. Que quadro, chego às Rotundas de Alcabideche, paralelas à A16 e faço curvas com uma inclinação acentuada, cheio de confiança que a mota me transmite. A curvar está muito perto da referência que é a sua irmã mais velha a T-MAX e só peca mesmo pelos Michelin Goldstandart. A travagem é muito potente mas ao mesmo tempo estupidamente progressiva e doseável, um mimo que até nos faz esquecer os sistemas combinados de travagem e o ABS.
Já na A16 e apesar do vento intenso, percebo que a máquina é muito estável em recta, não padece da instabilidade a alta velocidade que afectava o modelo anterior. Bem, é hora de ir curvar na Serra e cada vez fico mais impressionado com o acerto e eficácia das suspensões e do quadro. Esta scooter é uma máquina de devorar curvas, é agil e decidida a entrar nelas, mas consegue fazé-lo com muito aprumo, ao contrário da X7, mais ligeira de direcção.
Cada curva é um momento de prazer que a X-MAX nos concede.
Vou até ao empedrado da Malveira da Serra, e ali sinto a firmeza das suspensões, mas também verifico que não existem ruídos parasitas, pelo contrário a qualidade de construção esta em alta, sem dúvida.
De volta às rectas confirmo que o pior desta mota é mesmo a protecção aerodinâmica, o vidro é baixo e estreito e as protecções das mãos desapareceram, o que resulta numa forte exposição ao vento e também à chuva, relembrando a Honda Forza. O espaço para os pés também é muito reduzido.
No geral gostei da X-MAX, da sua desportividade e eficácia, da qualidade de acabamentos e das prestações do motor. Com mais protecção e espaço para os pés seria a 250 perfeita, bonita, rápida, confortável e eficaz.
PS - Mal tenha tempo irei juntar umas fotos efectuadas.
