Boas!
Um processo que está inquinado desde o princípio, com recuos da própria União Europeia, autora da ideia, e dos "bons alunos" portugueses que queriam ser mais papistas que o Papa.
A coisa começou logo a ser contestada de forma veemente em França, onde a ideia foi abandonada sine die. Por cá, houve manifestações numerosas, a maior acabou na Assembleia da República, onde o então deputado da CDU Miguel Tiago, relator da "Lei da 125", os recebeu e se comprometeu a lutar contra a aplicação da lei. Apresentou no parlamento diversas Recomendações
que não tiveram efeito desejado porque aqueles que agora reclamam a suspensão da lei (sublinho: suspensão) se alhearam do propósito.
Pelo caminho, cenas muito "edificantes" como os "industriais" das inspecções adiantarem preços antes do próprio governo e sugerirem também a inclusão da 50cc.
Basta pesquisar no histórico das publicações na Internet para nos apercebermos da hipocrisia de que o assunto está revestido.
"Populismo" puro e simples, porquê?
Recordo que além do assunto das inspecções havia outro, este da mais elementar Justiça Fiscal: a criação de de uma Classe (a 5ª) específica para os motociclos nas portagens das Autoestradas e Pontes. Esta proposta, lembram-se?, foi anunciada como novidade do PSD nas parangonas da imprensa. Uma "novidade"... proposta pelo lado esquerdo do parlamento há 10 anos... e chumbada.
Passemos das palavras aos actos. 12-11-2024, sede de especialidade e decisão final para se inserir em Orçamento a criação dessa nova 5ª Classe para motociclos, eis o resultado da votação: Votos contra do PSD, CDS, Abstenções do PS, PAN e Chega.
Pois, a imprensa esqueceu-se de falar disso...
Gozemos então a suspensão das inspecções... até ver.