Viva!
Depois de um convite desafiador para testar a nova GTS por parte da Equações e Potências, via facebook, ontem foi o dia do meu primeiro contato com a nova GTS.
A minha experiência motard resume-se só à minha "velhinha" Zulmira - GTS evo a carburador - assim a minha comparação é entre estes 2 modelos.
A GTS já está a aquecer ( e eu também
) e toca de a montar.
Levanto a perna e faço-a passar pela frente do banco, quando me sento fico com a meia branca
e parte da canela à mostra, tal a aderência ao banco. Outra particularidade é a sua dureza, fez-me lembrar o banco da x-max.
Os comandos são iguais ao da velhinha GTS, pelo que não tive problemas da adaptação.
Está na hora de rodar o punho, o motor atinge as 3500rpm e a GTS não se mexe
, rodo até às 4000rpm e aí a GTS começa a dar os primeiros passos. Na minha Zulmira a partir das 3000rpm já se começa a mexer. O arranque é muito suave e progressivo, parece uma scooter elétrica, embora nunca tenha conduzido nenhuma, acredito que não há veiculo com arranque mais suave...
Chegou a primeira curva e foi uma surpresa a facilidade como a controlamos. Tem uma distribuição do peso fantástico.
Avançamos pelas ruas de Campolide, quando chegamos ao empedrado tive outra agradável surpresa - não há barulho parasita. Todo o conjunto revela-se rígido, sem se tornar desagradável. Para aqueles que preferem mais conforto, penso que com afinação da suspensão traseira se consiga uma condução mais macia...
Seguimos em direção ao viaduto Eduardo Pacheco e depois a subida da A5 - monsanto. A subida fez-se a 80km/h, normal para uma 125, e talvez ainda conseguisse um pouco mais de velocidade mas não quis abusar pois a GTS só tinha 300kms. Esta velocidade manteve-se constante ao longo de toda a subida sem ter de mexer no punho. A Zulmira também a sobe à mesma velocidade mas no final tenho de rodar um pouco o punho. Talvez esta seja uma das vantagem da injeção?!
Na descida, atingiu os 120km/h sem problemas.
O ensaio estava a chegar ao fim. Ainda a tempo de sentir a facilidade com que nos equilibramos a baixa velocidade. Esta característica é importantíssima para quem faz da cidade o habitat natural da GTS.
Chegados ao stand, tive oportunidade de verificar que o espaço debaixo do banco aumentou mas perdeu-se os 2 pequenos compartimentos que tanto jeito dão para colocar pequenos objetos, como: chaves; cadeados; canetas; ganchos do cabelo das meninas, enfim agora vão ter de colocar um GPS em cada objeto para o conseguirem localizar na imensidão da bagageira!!!
Embora a bagageira seja maior, perdeu-se os compartimentos para guardar pequenos objetos e o porta-luvas perdeu a fechadura!
Neste modelo o motor e o quadro estão muito mais visíveis a olho nú, facilitando as operações de manutenção.
O pousa-pés do pendura abre com um simples toque. Muito mais fácil e prático do que no anterior modelo.
Não testei o sistema de soufagem, mas acredito que só será uma mais valia associado a um cobre pernas, criando uma zona quente entre pernas.
Os mostradores não são de leitura tão fácil como no anterior modelo, a temperatura e o combustível foram relegado para os cantos, para quem está habituado a vê-los no centro causa alguma estranheza!
Pensavam que não falava nos retrovisores??!!
Nesta GTS o tamanho das hastes diminuiram mas os espelhos retrovisores são enooooooooooooormes!!! Demorei um pouco a alinhar os meus olhos com a nova posição dos retrovisores mas sem dúvida que permitem uma visão para a trás muito mais ampla que no anterior modelo. Pareceu-me que a velocidades elevadas tremem demais, desfocando quem lá vem...
Restam-me agradecer à EP Motos e ao Pedro em particular, por me permitir este ensaio. Se quiserem ter a mesma experiência é só aparecerem no stand.
Fica a informação que doravante a Sym só vai comercializar o anterior modelo na versão a carburador, embora continuem a vender o modelo de injeção até final das existências. Assim, ficam com um modelo com um PVP de +/- €3000 para rivalizar com a Daelim S3 e Kymco Downtown e ficam, também, com um novo modelo com um PVP de +/- €3800 que pretende "roubar" clientela à yamaha X-Max. Não falo da Suzuki burgman 125 pois é um modelo pré-histórico sem argumentos para rivalizar com os concorrentes...
Abraço