Test Drive Honda X-Adventure
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(https://s19.postimg.org/zavxsf2ab/X_ADV_13.jpg)
Autor . Filipe Pombo
Fotografia: Filipe Pombo
Data 29 Abril 2017
Versão TD 1
Cor : Sport vermelha branca e azul
Concessionário: Lopes e Lopes
Kms da mota: 900 kms
Meteo: Seco 20º
Trajecto: Serra e estrada
Combinei para iniciar o dia com o test drive, marcado para as 10:30 só pelas 12 H é que conseguimos pegar na mota, estratégia para termos mais tempo de teste. _pol_
Recém chegada de Espanha, a nova cocoluche da Honda , veio com cor as cores desportivas e características da Honda..já conhecidas da Integra e da irmã mais velha Africa Twin.
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Este Test Drive, é feito no ponto de vista do consumidor, ignorante, que não analisa as motas do ponto de vista técnico, mas no sentido prático da coisa..serve ou não serve..confortável ou não , isto é , do consumidor com o espirito scootard.
Se querem ler algo à séria de Motard para motard com credibilidade esperem pelo teste do Tmaxer..e escusem de ler este e perder tempo..o tipo tem mais sensibilidade para motores num só dedo do que eu no corpo todo _Rolley_ além de eu ser um mero scootard..
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A X-ADV como tem sido conhecida é à primeira vista e sem outras motas para se comparar pesos e tamanhos, um misto de scooter alta com características não partilhadas com outras scooters, tais como a distancia entre eixos (mais longa) , angulo de ataque mais alto para fazer face a terrenos mais íngremes , pneus mistos com a predominância de 70-30 (setenta estrada e 30 todo o terreno) e rodas raiadas.
(https://s19.postimg.org/5tbftp0er/X_ADV_3.jpg)
Quando subi para a X-Adv percebi logo que se tratava de uma scooter alta com ambições de mota.. todo o painel de instrumentos enche o olho, e a mota está muito bem apresentada e acabada nos materiais utilizados..com excepção do banco que poderia estar mais firme e oferecer mais estabilidade quando aberto.
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Vamos à primeira impressão:
Depois de me ter sido dada a primeira explicação sobre as mudanças que reconheci da Integra, foi meter a primeira com o selector e arrancar… este facto fez com que o modo manual se tivesse dado como prioritário e durante alguns bons metros a X-Adv andou em esforço á espera que lhe enfiasse uma segunda ou terceira mudança.. claro!! ..depressa percebi que para que o automático voltasse teria de carregar no botão para o efeito, e cada vez que acionasse os selectores de mudança teria o modo Manual... _confuso_
Lá segui pelo IC19, até à Serra de Sintra… a primeira impressão é que estava a conduzir uma mota maior do que realmente é, talvez devido ao espaçamento entre o banco e o guiador…acabamos por assumir uma posição confortável e elevada.
Durante este percurso deu para percorrer as mudanças todas.. com o característico binário da NC a fazer-se notar… o escalonamento de mudanças em auto.. é bastante suave e as passagens mal se notam… pelo menos de acordo o meu gosto estão ok.. embora tivesse preferido passar para um dos modos desportivos onde o subir de regime se faz mais notar, os primeiro quilometros em estrada de montanha, foram cuidadosos, mais a mais que apanhei alguns domingueiros descontraídos..o adornar da X-ADV não é instintívo , e até lhe apanhar o jeito e ganhar confiança não é imediato.
Fiz este teste em companhia do Tmaxer , pelo que ao fim de meia dúzia de quiometros trocámos de montada para que eu pudesse filmar e fotografar já que o tempo teoricamente era curto..por acaso poderiamos ter ficádo mais , mas não tinha entendido que o noss test drive estava à vontade.
(https://s19.postimg.org/h0f84ovgz/X_ADV_11.jpg)
A parte da terra batida não a fiz, mas pareceu-me por um troço na Peninha, que a X-adv estava à vontade em terras mais irregulares…penso que seria insensato conduzir em zona ingreme, uma mota sem a conhecer, o que se deu a provar quando ficámos com ela numa descida irregular e o seu tamaho e peso se fizeram notar ..eu tenho 1,81 e deu para perceber que é uma mota alta e que vai excluir muitos clientes de perna curta..
A suspensão é confortável, mas não isenta de solavancos..talvez esta tivesse um pouco rigida demais apesar do longo curso e da suspensão invertida… o seu comportamento em curva vai sendo melhor conforme se ganha confiança..até porque o motor sendo excelente em baixo regime com um binário forte..dá para retirar prazer nas saídas de curva.
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O motor mesmo em modo automático , tem desmultiplicações precisas e rápidas..sendo que em determinada altura acelerei aos 160 para travar de seguida para entrar na curva apertada do acesso a Mem Martins e sem mexer no selector a própria mota passou de 6ª para 2ª quando entrei na curva… bastando acelerar e passar para 3ª quando terminei a curva e acelerar.
O acto do selector de mudança (-) estar logo abaixo dos piscas não me pareceu uma solução feliz, já que estão demasiado juntos
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A travagem com abs é garantida por dois discos à frente e um atrás…as mantes reguláveis em extensão permitem travagens absolutamente seguras, que ajudada pelo motor é um incremento de valor comparativamente à Integra que ao pé da AXN tem uns abrandadores…
Tive muito pouco tempo com a mota para apreciar consumos ou detalhes que necessitariam de mais atenção e experiencia.. mas deu para perceber que é uma mota fiável no aspecto de que não desilude ..estéticamente agrada-me bastante e dá nas vistas… o espaço debaixo do banco não é enorme, mas dá para um capacete e mais umas calcinahs impermeáveis para além das ferramentas de origem.
(https://s19.postimg.org/ql3woor4j/X_ADV_7.jpg)
Este espaço debaixo do banco é bastante útil, e é acionado pelo botão electrico na consola, abre bem mas não fecha assim tão bem já que é meio desengonçado, com um amortecedor apenas , pareceu-me algo frágil.
O vidro é regulável em altura, muito embora me tivesse parecido que fosse pouco prático, apesar de ter sido pensado para ser regulado em andamento, requer algum esforço..por isso , regular de preferência quando estacionado.
Em matéria de iluminação a X-adv não me foi possivel avaliar os seus Led’s mas calculo que sejam bons..e podem ser reforçados pelos faróis de nevoeiro adicionais com as barras protectoras da Africa Twin.
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Não a vi com malas, mas eu-me a ideia que para além da Top Case, não aceitará mais nada ..a não ser uns alforges adaptados no banco..porque o tubo de escape acaba muito em cima do eixo da roda que não deixa muito espaço para malas que não sejam à prova de calor..
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Por fim, entreguei a mota quando mais estava adaptado a ela..como sempre..mais umas horas e tinha ficado rendido..é uma scooter polivalente, não é barata, mas está bem acabada e é aliciante..a unica barreira entre mim e esta X-ADV é mesmo a capacidade de carga.. se não levar malas rigidas laterais não é mota para mim, mas acredito que com uma top case de 47 litros será mais do que suficiente para muita gente, ou mesmo para a maioria.
Pelo que percebi, as revisões são espaçadas de 12,000 em 12,000 kms e o consumo um pouco acima das Integras.
Como sempre que conduzo uma Integra, como é sempre a titulo experimental, e com acelerações ..noto sempre que o ponteiro desce rapidamente , o que não faz dela consumista..mas quando se aperta…é como as outras..em baixas..não sei porque não andei o suficiente… mas acredito que seja semelhante ou um pouco superior à Integra quer pelo maior peso, quer pelos pneus mistos.
O som do motor, é muito agradável e penso que com um Akrapovic fique bem melhor…apesar de gostar do original em som e estética..
A ignição é efectuada com uma chave wireless que se coloca no bolso..não gosto muito desta solução quando se empresta a mota a alguém para uma voltinha..podemos ficar sem a chave e o nosso amigo só reparar nisso quando mexer no bolso..
Por outro lado, resolveu-se a péssima ignição da Integra que era mesmo mázinha …
O display da mota, é muito grande e para além da velocidade instantanea , dá informações como a temperatura ambiente, rotações, consumos, indicação de mudança, totalizador, tudo ao mesmo tempo e ainda sobra espaço para a data e hora …num display mais pequeno podemos ter as informações do óleo, e piscas e num terceiro o ABS , indicador de mudança neutra, conexão da chave, e indicador do travão de parque..
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Também as peseiras requerem alguma habituação, são altas e têm um angulo estranho que se situa mais ou menos a meio da canela que obriga um afastamento das pernas quando estamos parados e a levantar bastante quando repomos os pés nas mesmas. Pelo que sei a Honda tem umas peseiras extra para quem queira fazer uma condução mais radical em todo o terreno.
Para já, as de origem permitem esticar ligeiramente as pernas e reposicionar conforme queremos ou nos sentimos mais confortáveis...gostei ...para o pendura, as peseiras não esteticamente interessantes e bem acabadas..estando camufladas ou quase ausentes quando não em utilização.
Uma última nota para a motorização que continua a ter uma vibração que nos faz equecer que estamos com uma bicilindrica … esse facto faz-se sentir nas rotundas em que o bater do motor cria alguma imprecisão durante o contornar da rotunda, mas acredito que com o hábito seja um facto menos importante e se passe a idar bem com isso.
Gostei do conceito e penso que para mim é o ideial de mota..vai à terra e anda na estrada com performances superiores ao que as regras de transito permitem..por isso está no ponto..parabéns à Honda por esta inovação e mota… felizes os que a poderem comprar..vão ficar satisfeitos..a menos que queiram ultrapassar a barreiras dos 180 kms /h nesse caso é melhor pensarem numa mota com outras carateríticas já que esta pareceu-me ter a famosa característica das NC com que partilha a motorização… excelente binário inicial , aceleração interessante , mas apartir dos 150 kms/h e até aos 180 perde a alma.