Autor Tópico: Teste MP3 500 HPE Sport: aposta renovada da Piaggio  (Lida 3295 vezes)

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Teste MP3 500 HPE Sport: aposta renovada da Piaggio
« em: 24 de Julho de 2018, 21:53 »

“Primeiro estranha-se e depois entranha-se”, este ditado popular parece encaixar-se perfeitamente no conceito que a Piaggio apresentou quando mostrou ao mundo a primeira versão da MP3, decorria ainda o ano de 2006. 

Os mais cépticos disseram na altura que a scooter não era mais do que um exercício de estilo passado à produção, mas a verdade é que as vendas começaram a surgir e aos poucos a Piaggio avançou com os seus propósitos de conquistar uma nova e importante fatia do mercado das motos....e dos automóveis também.

Razões do sucesso da MP3

Desde então foram vendidas mais de 130.000 unidades e o fabricante transalpino soube evoluir o seu modelo, diversificando as propostas quanto a equipamentos e, claro, motorizações. Naturalmente que o sucesso comercial se deve em muito à possibilidade dos portadores das licenças de condução de automóvel estarem aptos a conduzir todas as cilindradas existentes deste modelo. 

Mas claro que há muitas mais razões para o sucesso comercial da MP3 continue, e nós fomos descobrir ao vivo e a cores, porque há tanta gente a ficar adepta desta tecnologia das três rodas.

MP3 500cc: a toda poderosa

Foi durante o mês de Julho de 2018 que a Piaggio apresentou duas novas versões da MP3, uma com uma cilindrada que é uma novidade, a 350cc que vem substituir as antigas 300cc, e uma nova 500cc. 

Esta última, a versão Piaggio MP3 500 HPE Sport, foi a que tivemos agora a oportunidade de conduzir e testar ao longo de um par de dias. Isto enquanto a 350cc não chega ao nosso mercado, o que parece ser apenas lá para meados do mês de Outubro.



Olhares nada discretos

Se ao primeiro olhar, a estética da nova versão de 500cc da MP3 parece ter um visual algo agressivo, um feito conseguido graças a uma frente renovada e a um pára-brisas fumado a mostrar-se mais alto do que o anterior, o certo é que as jantes de cor negra, com um toque assim a atirar para o racing, com uma risca a vermelho, despertam alguns palpitares de coração mais acelerados. Aliás, adrenalina parece que é coisa que não irá faltar aos utilizadores da nova MP3.  Mas vamos por partes.



Para subirmos para a MP3 temos que fazer uma certa ginástica, não porque a scooter seja assim tão alta quanto isso, mas é essencialmente o túnel central situado no meio do estrado dos pés, que obriga a essa manobra. 

Já comodamente instalados no assento (melhor do que muitos sofás daquela conhecida loja sueca), a primeira operação é ligar a chave na posição on, para de seguida se accionar o mecanismo de inclinação da scooter. Ou seja, sem desligar esta função, a scooter mantém-se na posição vertical, sem poder inclinar-se para nenhum dos lados. 

Esta é uma tarefa que se realiza premindo um simples botão que permite igualmente controlar o peso da scooter, quando por exemplo, se está parado num sinal e não queremos que ela se incline demasiado. 

Para além de ser uma comodidade para o utilizador, esta função auxilia igualmente a estacionar, uma vez que o peso desta Piaggio é algo que tem que ser devidamente controlado por razões óbvias, sob o risco de se perder o ponto de equilíbrio e “a deixar ir”.



Depois, dá-se à chave e destrava-se o travão de mão. 

“Travão de mão?” , poderá perguntar o leitor. É verdade! Este é accionado através de uma alavanca, localizada no avental em frente das pernas do condutor. Simples e prático, diga-se. 

O que trava igualmente as rodas de trás é o pedal situado no estrado da scooter, numa operação idêntica à das antigas Vespas que, como se sabe, pertencem igualmente ao grupo Piaggio.

Talvez um dos aspectos mais inusitados na MP3 é a quase não obrigatoriedade de usar o descanso. Não que ele esteja ausente, mas como a MP3 recorre ao sistema de duas rodas à frente e uma atrás, com travão de mão e estabilizador vertical, a superscooter consegue-se manter em equilíbrio estável mesmo em pisos inclinados e desnivelados.



Quando este sistema nos parece falível, então nada melhor do que recorrer ao descanso central tradicional que se coloca e retira com grande facilidade, através de um sistema convencional de alavanca de pé.

O painel de instrumentos é rico em opções, como a apresentação dos consumos, a distancia percorrida e outros requisitos quase obrigatórios numa superscooter deste calibre como é a MP3 500cc. 

Já os retrovisores fazem lembrar um pouco os espelhos dos F1 da década de 80, um aspecto que em nada prejudica a visibilidade e que, na verdade, dá uma certa graça ao conjunto.

Debaixo do assento encontramos um espaço generoso que permite arumar capacetes e ainda sobra espaço para pequenos objectos.


Aos comandos da MP3

Com o seu motor de 42,5cv HPE, não se pode dizer que esta seja uma scooter enfadonha de conduzir, muito pelo contrário. Faz juz ao nome Sport que enverga na denominação, sendo que tem uma outra versão, a Business, com um nível de equipamento superior e pormenores estéticos mais refinados.

Voltando ao motor monocilíndrico, que equipa ambas as versões, cuja sigla HPE significa elevada performance (High Performance Engine), ele está dotado de 4 válvulas, refrigeração por líquido e injecçao electrónica controlada por um acelerador electrónico "Ride-by-Wire", que disponibiliza diversos mapas de potência, e que o tornam bastante potente e suave na entrega além de ainda mais económico. 



Em cidade, é frequente esquecermo-nos que temos duas rodas no eixo da frente, isto apesar do acréscimo de peso inerente às duas rodas e respectivo sistema de suspensão. Outra vantagem é a largura das rodas, que superam facilmente e sem qualquer problema ou susto, a passagem pelos carris dos eléctricos, mesmo quando estão desnivelados, no meio da calçada ou dos buracos do asfalto. Se este argumento parece meio absurdo de ser referido, então experimente andar numa tradicional Vespa pela cidade de Lisboa, onde as suspensões e os pneus são postos à prova a cada instante.

Por falar em suspensões, nota de destaque para os amortecedores, desenvolvidos pela Kayaba especificamente para a MP3 HPE Sport. Não só suprimem de forma competente as irregularidades do piso, como dão uma estabilidade adicional em curva, o que convida a explorar os limites no final de cada recta.



Curvar é coisa que exteriormente pode parecer difícil nesta MP3, mas facilmente se consegue uma boa adaptação sem grandes preocupações ou dificuldades. Afinal de contas, lembre-se que esta foi uma superscooter idealizada para ser um meio de transição do universo do automobilismo para o do motociclismo.

Quanto ao motor, este mostrou-se bastante vivo e solicito quando pedido, tanto em retomas como no arranque, cumpre o desejado para um estatuto de superscooter, e mesmo nas subidas mais exigentes, a MP3 500cc revelou-se à altura dos pergaminhos do grupo Piaggio.

Quanto a valores, há necessariamente um preço a pagar pela exclusividade desta versão Sport, que se justifica pelo apetite que nos cria em devorar quilómetros aos seus comandos e que nos deu muito prazer de conduçao enquanto rodámos com ela.

Ver aqui: http://www.andardemoto.pt/test-drives/38787-mp3-de-500vc-aposta-renovada-da-piaggio/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=andar_de_moto_no_30_24_07_2018&utm_term=2018-07-24
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

pmfs

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Re: Teste MP3 500 HPE Sport: aposta renovada da Piaggio
« Responder #1 em: 26 de Julho de 2018, 11:22 »
Boas!

Feia que nem cor.... e cara para burro. Em Espanha é muito mais barata, estes tipos da Piaggio PT andam a mamar à conta do pessoal com produtos altamente inflacionados quando comparados com outros países da UE.

http://www.piaggio.com/es_ES/models/gama-MP3/
Diferença de preços gigante em quase toda a gama!!! _thumbdown_


Cumps
« Última modificação: 26 de Julho de 2018, 13:08 por Admin22 »