Autor Tópico: Teste Adiva AD250  (Lida 3871 vezes)

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Teste Adiva AD250
« em: 18 de Fevereiro de 2010, 17:19 »

 
Quando a Adiva foi apresentada em 1992, surgiu como um novo conceito de scooter, que procurava oferecer mais protecção contra as intempéries, mas de uma forma versátil e que fosse variável. Surge então a Adiva sob uma parceria com a Benelli. O modelo então lançado era uma scooter com uma capota rígida e articulada (ao estilo dos actuais “CC”, descapotáveis de capota rígida, da industria automóvel), que podia ser transformada rapidamente de uma scooter normal numa quase fechada. Este projecto não teve o sucesso esperado nas mãos da Benelli, tendo sido vendido uns anos mais tarde à Renault que ensaiou um investida no mundo das rodas que se ficou pelo mercado interno e por pouco tempo.
O conceito de scooter com capota regressa agora pelas mãos da Adiva, a solo, com duas versões do mesmo modelo: uma 125 cc e outra 250 cc presente nestas páginas. Para breve é esperado um modelo com duas rodas dianteiras, como a MP3 da Piaggio, e uma unidade de 500 cc mais desportiva.
Tivemos a oportunidade de testar a versão de maior cilindrada, evidenciando um conceito de scooter diferente, que leva um pouco mais além as questões de conforto e os aspectos práticos, com é o espaço de arrumação, o conforto, a protecção contra as intempéries e a possibilidade de equipamentos, com é são o auto-rádio e o sistema de navegação.
 
Protegidos

Ao assumirmos os comandos da Adiva, sentimos alguma estranheza já que ficamos “fechados” dentro do seu habitáculo. Mesmo com a capota recolhida o grande ecrã frontal dá-nos essa sensação. É esta grande superfície que garante a grande protecção face às intempéries e vento. Contudo esta volumetria levanta uma das questões: a sua capacidade enfrentar o vento lateral.
É claro que com a capota no seu lugar e toda a superfície carenada que possui, a Adiva é mais sensível ao vento lateral que uma moto “normal”, mas reage de forma muito suave, sem causar qualquer complicação. Por outro lado é muito agradável poder-se falar calmamente com o passageiro e ouvir música, já que “dentro do habitáculo” a ausência de ruído de deslocação de vento é quase total. Esta característica acaba por possibilitar viagens bastante descontraídas e com a ajuda da música ou dos noticiários, cujo volume não precisa estar muito alto, passamos uns bons momentos aos comandos da Adiva.
Os condutores de maior estatura, mais de 1,85 m, poderão ter algumas dificuldades em “arrumarem-se” no lugar, uma vez que o assento de dois lugares não permite que nos cheguemos para trás. A Adiva tem já em estudo um assento “corrido” para solucionar este aspecto. O lugar do passageiro é excelente, com um encosto fantástico e com uma colocação das pernas muito natural. Perfeita para belos passeios.

Dinâmica pesada

Em condução o primeiro aspecto que notamos é o peso e o centro de gravidade alto. Esta scooter apresenta um peso total de 175 kg, valor que é muito semelhante a outras scooter da sua cilindrada como é o caso da Piaggio X8 250, que utiliza o mesmo motor e pesa apenas menos 4 quilos. Esta diferença não é a responsável pela maior inércia que se sente na abordagem a uma curva, é antes o facto de estar tudo colocado mais alto.
A inércia sentida obriga a uma condução mais cuidada face aquela que normalmente se tem com uma scooter convencional. As manobras têm de ser mais antecipadas e tem de se ter cuidado quando paramos para não deixar a Adiva inclinar muito. No fundo será uma condução semelhante à que se tem com uma moto de 200 kg.
O motor acaba por se mostrar suficiente, já que na realidade não tem muito mais peso para mover. Os 100 km/h são conseguidos com facilidade, sendo a velocidade de cruzeiro ideal por volta dos 110 km/h. Contudo a Adiva consegue atingir 130 km/h caso não haja ventos frontais.

A travagem tem um sistema combinado na manete esquerda. Tem a potência necessária, sem grande margem de manobra, mas obriga a que se exerça alguma pressão nas manetes para se obter o melhor resultado.
Com todas estas características a Adiva é uma excelente opção para quem quer um meio de transporte rápido em cidade mas quer manter alguns confortos do automóvel. Aqui não apanha chuva, tem um amplo espaço de carga a companhia da sua música favorita e informação.
 
Fonte: http://www.motociclismo.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1416&Itemid=126
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