Autor Tópico: Mortos na estrada  (Lida 21208 vezes)

Offline jcsc

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Re: Mortos na estrada
« Responder #50 em: 02 de Novembro de 2017, 21:33 »
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NunoMiguel

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Re: Mortos na estrada
« Responder #51 em: 03 de Novembro de 2017, 01:50 »
Espetacular.

Ninguém devia ficar sem ler isto!

scarreira

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Re: Mortos na estrada
« Responder #52 em: 03 de Novembro de 2017, 09:53 »
só tenho mais m ponto a acrescentar...
já li neste tópico de ...usar os espelhos"... aí está o problema de alguns motociclistas... de vez enquando quando vejo os instruendos a passar por mim de mota só usam o espelho, então e virar a cara (quase a partir o pescoço não?")? pois para mim já evitou muito susto... o famoso ponto morto, complica a vida a muita gente e ele tb existe nas motos não só nos enlatados...
e quando fui à bênção a Fátima este ano com o CPM, reparei que a maioria nem sequer tem essa preocupação...
mas também digo, que isto das escolas estarem a pedir meia dúzia de tustos pelas cartas claro que algo fica para trás... a qualidade...
já lá vai o tempo que a carta de mota A1 custava 500€...
fica a minha opinião...eu aprendi isso aos 16 anos...
Boa viagem a todos

Offline jcsc

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Re: Mortos na estrada
« Responder #53 em: 03 de Novembro de 2017, 13:57 »
E foram ambos em que tipo de motos?

Hoje estava a ver um grupo da Policia Aerea da Força Aerea a que pertenço e falaram no acidente do Fundão, tambem era da P.A. e era uma mota de maior cilindrada.
« Última modificação: 03 de Novembro de 2017, 13:59 por jcsc »
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Offline Filipe Pombo

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Re: Mortos na estrada
« Responder #54 em: 03 de Novembro de 2017, 19:20 »
Há pouco tempo, veio a lume os números da sinistralidade moto-ciclistica em Portugal, sendo o seu destaque para o aumento da mesma face a anos anteriores

Claro que à ideia, veio o facto do numero de motas e scooter em Portugal ter aumentado exponencialmente , quer pela facilidade de acesso às grandes cidades por pessoas (como eu ) nunca  tinham conduzido mota até aos 40's , quer pela famosa lei das 125 que permitiu a condução das motas até 125 cc a condutores com carta de ligeiros (com as devidas limitações ás idades mais jovens) ...

Acontece, que tal como os famosos avistamentos dos ultra rápidos drones de há alguns tempos que acompanhavam os jatos das companhias aéreas e que deu pano para mangas e que afinal eram noticias que só serviram interesses ..licenciamentos absurdos, burocracias  e pagamentos de taxas para voar em determinadas zonas ... estas noticias parecem que afinal têm o seu objectivo... com a distorção da interpretação dos números apresentados..desta forma..alguns lobbyes pretendem avançar mais depressa com as inspecções das motas e assim poderem arrecadar mais uns milhões á custa de quem tenha adquirido motas acima dos 300 cc ...

Assim, transcrevo o texto do deputado Miguel Tiago, que além de motociclista ele próprio, foi quem deu o mote para a lei das 125 cc a qual quase todos agradecemos.

"Acidentes de moto matam cada vez mais?
MIGUEL TIAGO·QUINTA-FEIRA, 2 DE NOVEMBRO DE 2017
O JN faz uma notícia que parece encomendada pela ANCIA (os senhores que querem por força cobrar-nos uma taxa inútil para uma declaração inútil de conformidade nos centros de inspecção), na qual afirma que as vítimas mortais e os feridos graves envolvidos em acidentes com ciclomotores e motociclos vem aumentando.
O tom é dramático e chega mesmo a dizer-se que “O número de mortos quase duplicou de 2016 para 2017”. Ora vejamos então os números, que pelos vistos os senhores do JN se esqueceram de verificar. Sim, é que os números que constam deste quadro publicado no jornal estão manipulados.

Diz-nos o quadro que em 2008 morreram 91 pessoas em acidente de motociclos e ciclomotores. Então fui ler o relatório da ANSR de 2008 e eis que afinal o que esse relatório no diz é que em 2008 morreram 62 pessoas em ciclomotores e 102 em motociclos, e diz também que em 2007 morreram 62 em ciclomotores e 142 em motociclos, o que perfaz os totais de ciclomotor+motociclo de 204 em 2007 e de 164 em 2008. Começa mal o JN.
Também 2009 não bate certo: os número da ANSR dizem que morreram 152 pessoas (50 em ciclomotores e 102 em motociclos) e o quadro remete para 94 mortos.
Algo não vai bem nas fontes do JN. Até fiz o exercício de verificar as mortes a 24H, para o caso de ser o dado que o JN estava a contabilizar. Mas nem assim. Veja-se 2010, o ano em que a lei das 125 produz efeito estatístico relevante com a venda de quase 14 mil motociclos abaixo de 125cc: nesse ano, segundo a ANSR morreram em motociclo e ciclomotor (a 24H) 177 pessoas, 65 em ciclomotores e 112 em motociclos.
Está explicado, nas letras pequenas, que os números se referem aos primeiros sete meses de cada ano. Pronto. E com essa explicação, explicam que não estão a mentir, apenas a manipular a forma como percepcionamos os números.
Mas mesmo que não fôssemos verificar os números da ANSR para detectar a fraude da ANCIA e do JN, reparemos no quadro publicado. O JN diz que os acidentes de moto matam cada vez mais mas o próprio quadro que publica mostra uma estabilização no número de acidentes mortais entre motociclos e ciclomotores. Apesar de a manipulação gráfica fazer parecer que o ano de 2017 é particularmente mau, se olharmos com atenção verificamos que o primeiro ano do quadro (2008) tem um número de mortes de 91 e que 2009 é o máximo com 94 mortos. Portanto, o ano de 2017 não é sequer o pior dos últimos dez anos.
Do quadro que o JN publica, para mim, só há uma conclusão a retirar: desde a entrada em vigor da lei das 125 há menos acidentes mortais com motos e ciclomotores. Depois de 2009, nunca mais se chegou àquele número de 94 mortes entre janeiro e julho. E isso é que é a única conclusão estatística legítima. E é uma conclusão particularmente importante porque mostra como as vozes alarmistas das escolas de condução (que chegaram a acusar-me de ter sangue nas mãos por ser o primeiro subscritor da lei das 125, com o Grupo Parlamentar do PCP) estavam erradas e mostra como a voz alarmista dos centros de inspecção está longe de ser verdade. A verdade demonstra que, apesar de o parque circulante ter aumentado em largos milhares, ou seja, apesar de haver muito mais gente a conduzir motos, o número de mortos tem vindo a diminuir consistentemente.
O resto é conversa. Quem não consegue vender inspecções periódicas por serem úteis, quer vendê-las como obrigatórias. Belo negócio."

https://www.facebook.com/notes/miguel-tiago/acidentes-de-moto-matam-cada-vez-mais/1683770468364499/
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« Última modificação: 05 de Novembro de 2017, 11:34 por Filipe Pombo »
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Offline zepedro

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Re: Mortos na estrada
« Responder #55 em: 05 de Novembro de 2017, 08:43 »
Há pouco tempo, veio a lume os números da sinistralidade moto-ciclistica em Portugal, sendo o seu destaque para o aumento da mesma face a anos anteriores

Claro que à ideia, veio o facto do numero de motas e scooter em Portugal ter aumentado exponencialmente , quer pela facilidade de acesso às grandes cidades por pessoas (como eu ) nunca  tinham conduzido mota até aos 40's , quer pela famosa lei das 125 que permitiu a condução das motas até 125 cc a condutores com carta de ligeiros (com as devidas limitações ás idades mais jovens) ...

Acontece, que tal como os famosos avistamentos dos ultra rápidos drones de há alguns tempos que acompanhavam os jatos das companhias aérias e que deu pano para mangas e que afinal eram noticias que só serviram interesses ..licenciamentos absurdos, burocracias  e pagamentos de taxas para voar em determinadas zonas ... estas noticias parecem que afinal têm o seu objectivo... com a distorção da interpretação dos números apresentados..desta forma..alguns lobbyes pretendem avançar mais depressa com as inspecções das motas e assim poderem arrecadar mais uns milhões á custa de quem tenha adquiro motas acima dos 300 cc ...

Assim, transcrevo o texto do deputado Miguel Tiago, que além de motociclista ele próprio, foi quem deu o mote para a lei das 125 cc a qual quase todos agradecemos.

"Acidentes de moto matam cada vez mais?
MIGUEL TIAGO·QUINTA-FEIRA, 2 DE NOVEMBRO DE 2017
O JN faz uma notícia que parece encomendada pela ANCIA (os senhores que querem por força cobrar-nos uma taxa inútil para uma declaração inútil de conformidade nos centros de inspecção), na qual afirma que as vítimas mortais e os feridos graves envolvidos em acidentes com ciclomotores e motociclos vem aumentando.
O tom é dramático e chega mesmo a dizer-se que “O número de mortos quase duplicou de 2016 para 2017”. Ora vejamos então os números, que pelos vistos os senhores do JN se esqueceram de verificar. Sim, é que os números que constam deste quadro publicado no jornal estão manipulados.

Diz-nos o quadro que em 2008 morreram 91 pessoas em acidente de motociclos e ciclomotores. Então fui ler o relatório da ANSR de 2008 e eis que afinal o que esse relatório no diz é que em 2008 morreram 62 pessoas em ciclomotores e 102 em motociclos, e diz também que em 2007 morreram 62 em ciclomotores e 142 em motociclos, o que perfaz os totais de ciclomotor+motociclo de 204 em 2007 e de 164 em 2008. Começa mal o JN.
Também 2009 não bate certo: os número da ANSR dizem que morreram 152 pessoas (50 em ciclomotores e 102 em motociclos) e o quadro remete para 94 mortos.
Algo não vai bem nas fontes do JN. Até fiz o exercício de verificar as mortes a 24H, para o caso de ser o dado que o JN estava a contabilizar. Mas nem assim. Veja-se 2010, o ano em que a lei das 125 produz efeito estatístico relevante com a venda de quase 14 mil motociclos abaixo de 125cc: nesse ano, segundo a ANSR morreram em motociclo e ciclomotor (a 24H) 177 pessoas, 65 em ciclomotores e 112 em motociclos.
Está explicado, nas letras pequenas, que os números se referem aos primeiros sete meses de cada ano. Pronto. E com essa explicação, explicam que não estão a mentir, apenas a manipular a forma como percepcionamos os números.
Mas mesmo que não fôssemos verificar os números da ANSR para detectar a fraude da ANCIA e do JN, reparemos no quadro publicado. O JN diz que os acidentes de moto matam cada vez mais mas o próprio quadro que publica mostra uma estabilização no número de acidentes mortais entre motociclos e ciclomotores. Apesar de a manipulação gráfica fazer parecer que o ano de 2017 é particularmente mau, se olharmos com atenção verificamos que o primeiro ano do quadro (2008) tem um número de mortes de 91 e que 2009 é o máximo com 94 mortos. Portanto, o ano de 2017 não é sequer o pior dos últimos dez anos.
Do quadro que o JN publica, para mim, só há uma conclusão a retirar: desde a entrada em vigor da lei das 125 há menos acidentes mortais com motos e ciclomotores. Depois de 2009, nunca mais se chegou àquele número de 94 mortes entre janeiro e julho. E isso é que é a única conclusão estatística legítima. E é uma conclusão particularmente importante porque mostra como as vozes alarmistas das escolas de condução (que chegaram a acusar-me de ter sangue nas mãos por ser o primeiro subscritor da lei das 125, com o Grupo Parlamentar do PCP) estavam erradas e mostra como a voz alarmista dos centros de inspecção está longe de ser verdade. A verdade demonstra que, apesar de o parque circulante ter aumentado em largos milhares, ou seja, apesar de haver muito mais gente a conduzir motos, o número de mortos tem vindo a diminuir consistentemente.
O resto é conversa. Quem não consegue vender inspecções periódicas por serem úteis, quer vendê-las como obrigatórias. Belo negócio."

https://www.facebook.com/notes/miguel-tiago/acidentes-de-moto-matam-cada-vez-mais/1683770468364499/
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Agradeço-te tanto, mas tanto este post Filipe! É tão bom conversa informada!

Abraços!

ZeP

Offline moto2cool

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Re: Mortos na estrada
« Responder #56 em: 05 de Novembro de 2017, 08:55 »


... os instruendos a passar por mim de mota só usam o espelho, então e virar a cara (quase a partir o pescoço não?")? pois para mim já evitou muito susto... o famoso ponto morto, complica a vida a muita gente e ele tb existe nas motos não só nos enlatados...


Concordo plenamente na necessidade de virar a cabeça para confirmar a informação do espelho.
Além disso tenho também uns pequenos espelhos parabólicos que me dão uma visão muito mais alargada ( inclusive do espaço atrás de mim) que são úteis, principalmente em cidade, desde que se tenha em mente que nesses espelhos as distâncias são falseadas
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Offline Pianoman

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Re: Mortos na estrada
« Responder #57 em: 05 de Novembro de 2017, 09:35 »
Eu sou de opinião contrária.
Uso pequenos espelhos de "ângulo morto" e nunca tive nenhum susto desse género.
Os espelhos retrovisores, quando usados com os ditos espelhos pequenos de A.M. são o suficiente para evitar constrangimentos. Quando são bem usados, claro.

Já a famosa manobra de virar o pescoço que nos obrigam a fazer nas escolas de condução, considero-a perigosa.
Aí, sim, já tive um ou dois sustos por não estar a olhar para onde devo, que é para a frente.
Daelim S3 125:Ago11->Jul12(14k);Maxsym 400i:Jul12->Mai13(21k);Maxsym 400i ABS:Jun13->Mai14(18k);Maxsym 600i ABS:Mai14->Jan15(12k)
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Offline Filipe Pombo

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Re: Mortos na estrada
« Responder #58 em: 05 de Novembro de 2017, 11:33 »
https://www.facebook.com/notes/miguel-tiago/acidentes-de-moto-matam-cada-vez-mais/1683770468364499/

O deputado Miguel Tiago explica.


Boas JCSC


Peço desculpa por ter repetido o teu  post, mas só agora reparei ...que já tinhas mencionado o artigo em causa,    o seu a seu dono .... antes repetir que tentar aniquilar um tema de interesse ..  _martelada_ 
« Última modificação: 05 de Novembro de 2017, 11:35 por Filipe Pombo »
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Offline jcsc

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Re: Mortos na estrada
« Responder #59 em: 05 de Novembro de 2017, 13:02 »

Boas JCSC


Peço desculpa por ter repetido o teu  post, mas só agora reparei ...que já tinhas mencionado o artigo em causa,    o seu a seu dono .... antes repetir que tentar aniquilar um tema de interesse ..  _martelada_

 _pol_

Fizeste bem, ha pessoal que nao tem Facebook.  scooter_
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pinguim melaneo

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Re: Mortos na estrada
« Responder #60 em: 03 de Dezembro de 2017, 14:11 »
Há pouco tempo, veio a lume os números da sinistralidade moto-ciclistica em Portugal, sendo o seu destaque para o aumento da mesma face a anos anteriores

Claro que à ideia, veio o facto do numero de motas e scooter em Portugal ter aumentado exponencialmente , quer pela facilidade de acesso às grandes cidades por pessoas (como eu ) nunca  tinham conduzido mota até aos 40's , quer pela famosa lei das 125 que permitiu a condução das motas até 125 cc a condutores com carta de ligeiros (com as devidas limitações ás idades mais jovens) ...

Acontece, que tal como os famosos avistamentos dos ultra rápidos drones de há alguns tempos que acompanhavam os jatos das companhias aéreas e que deu pano para mangas e que afinal eram noticias que só serviram interesses ..licenciamentos absurdos, burocracias  e pagamentos de taxas para voar em determinadas zonas ... estas noticias parecem que afinal têm o seu objectivo... com a distorção da interpretação dos números apresentados..desta forma..alguns lobbyes pretendem avançar mais depressa com as inspecções das motas e assim poderem arrecadar mais uns milhões á custa de quem tenha adquirido motas acima dos 300 cc ...

Assim, transcrevo o texto do deputado Miguel Tiago, que além de motociclista ele próprio, foi quem deu o mote para a lei das 125 cc a qual quase todos agradecemos.

"Acidentes de moto matam cada vez mais?
MIGUEL TIAGO·QUINTA-FEIRA, 2 DE NOVEMBRO DE 2017
O JN faz uma notícia que parece encomendada pela ANCIA (os senhores que querem por força cobrar-nos uma taxa inútil para uma declaração inútil de conformidade nos centros de inspecção), na qual afirma que as vítimas mortais e os feridos graves envolvidos em acidentes com ciclomotores e motociclos vem aumentando.
O tom é dramático e chega mesmo a dizer-se que “O número de mortos quase duplicou de 2016 para 2017”. Ora vejamos então os números, que pelos vistos os senhores do JN se esqueceram de verificar. Sim, é que os números que constam deste quadro publicado no jornal estão manipulados.

Diz-nos o quadro que em 2008 morreram 91 pessoas em acidente de motociclos e ciclomotores. Então fui ler o relatório da ANSR de 2008 e eis que afinal o que esse relatório no diz é que em 2008 morreram 62 pessoas em ciclomotores e 102 em motociclos, e diz também que em 2007 morreram 62 em ciclomotores e 142 em motociclos, o que perfaz os totais de ciclomotor+motociclo de 204 em 2007 e de 164 em 2008. Começa mal o JN.
Também 2009 não bate certo: os número da ANSR dizem que morreram 152 pessoas (50 em ciclomotores e 102 em motociclos) e o quadro remete para 94 mortos.
Algo não vai bem nas fontes do JN. Até fiz o exercício de verificar as mortes a 24H, para o caso de ser o dado que o JN estava a contabilizar. Mas nem assim. Veja-se 2010, o ano em que a lei das 125 produz efeito estatístico relevante com a venda de quase 14 mil motociclos abaixo de 125cc: nesse ano, segundo a ANSR morreram em motociclo e ciclomotor (a 24H) 177 pessoas, 65 em ciclomotores e 112 em motociclos.
Está explicado, nas letras pequenas, que os números se referem aos primeiros sete meses de cada ano. Pronto. E com essa explicação, explicam que não estão a mentir, apenas a manipular a forma como percepcionamos os números.
Mas mesmo que não fôssemos verificar os números da ANSR para detectar a fraude da ANCIA e do JN, reparemos no quadro publicado. O JN diz que os acidentes de moto matam cada vez mais mas o próprio quadro que publica mostra uma estabilização no número de acidentes mortais entre motociclos e ciclomotores. Apesar de a manipulação gráfica fazer parecer que o ano de 2017 é particularmente mau, se olharmos com atenção verificamos que o primeiro ano do quadro (2008) tem um número de mortes de 91 e que 2009 é o máximo com 94 mortos. Portanto, o ano de 2017 não é sequer o pior dos últimos dez anos.
Do quadro que o JN publica, para mim, só há uma conclusão a retirar: desde a entrada em vigor da lei das 125 há menos acidentes mortais com motos e ciclomotores. Depois de 2009, nunca mais se chegou àquele número de 94 mortes entre janeiro e julho. E isso é que é a única conclusão estatística legítima. E é uma conclusão particularmente importante porque mostra como as vozes alarmistas das escolas de condução (que chegaram a acusar-me de ter sangue nas mãos por ser o primeiro subscritor da lei das 125, com o Grupo Parlamentar do PCP) estavam erradas e mostra como a voz alarmista dos centros de inspecção está longe de ser verdade. A verdade demonstra que, apesar de o parque circulante ter aumentado em largos milhares, ou seja, apesar de haver muito mais gente a conduzir motos, o número de mortos tem vindo a diminuir consistentemente.
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Seria tão mais fácil dizer que a culpa seria dos "gajos que têm carta B"' mas não, os números são contrários a essa tendência o que cala alguns que aqui se manifestaram.
Também era bom apurar que das vitimas mortais quantas foram provocados pelos motociclistas e pelos enlatados.
O facto de ser encartado A ou B não quer dizer nada pois basta ver quanto mais alta a cilindrada maior é o risco pois se verificarmos os motarios a sacar cavalos e a fazer manobras dignas de quem tem carta A.
Aliás é isso que nas aulas de condução se ensina.


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Offline VAGUEIRA

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Re: Mortos na estrada
« Responder #61 em: 03 de Dezembro de 2017, 20:25 »
Estou plenamente de acordo contigo. Ando de mota desde os 16anos 49cc e depois dos 30 comecei com 125cc e agora com 41 comecei precisamente á 2 anos com 500cc.
Mas também deixo uma ideia do que se deveria de fazer para resolver esse pequeno pormenor; aqui na Suíça onde resido e trabalho; eu para andar com a mota de 125cc e não mais que 11Kw tive de fazer formação obrigatória de 8 horas pagas por mim (não é preciso ir a exame) e dadas por uma escola habilitada para isso, só então depois é que pude começar a conduzir sem o L de aprendiz. No entanto quando quis andar com uma mota com cilindrada superior (neste caso 500cc) tive de fazer de novo formação aulas e ir a exame.

Se calhar até vou ser criticado pelo que vou escrever, mas cá vai  _lol_ _lol_

Eu sempre foi contra a quem tem carta de automovel poder conduzir motas até 125cc, isto porque a maioria nunca sequer pegou em motas, e dou um exemplo, tenho duas filhas que só tem carta de automovel e estão hablitadas a conduzir motas até 125cc, e nunca sequer alguma vez conduziram motas na vida, acham isso correto? na minha opinião no minimo deviam de tirar umas lições de mota.

Mas isto é o que penso  _pol_
« Última modificação: 03 de Dezembro de 2017, 20:30 por VAGUEIRA »
1 enorme abraço do vosso amigo VAGUEIRA


Dguterres

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Re: Mortos na estrada
« Responder #62 em: 03 de Dezembro de 2017, 20:44 »
Até 2020 incentivos à compra de motas seguras?
O que é isso?
Vão impedir a venda de motas de qualidade duvidosa?

Ou estamos a falar em inspeções? Será?

Obrigatoriedade do uso de mais equipamento de proteção. Em França por exemplo, parece-me que o uso de luvas já é obrigatório. Ainda ontem vi dois motociclistas sem luvas (e não conduziam 125).

Quem sou eu para criticar mas numa "pequena" queda a raspar pelo alcatrão com as mãos a evitar que a cara se cole ao chão... arrepia-me.

Mais formação? Sim concordo. De todos. Enlatados também.

Vias com melhores condições.
Sinalização em condições e já agora fiscalização a sério e não caça às multas. (estado dos veículos, habilitação dos condutores e seguros).

Não é preciso estar a inventar a roda.

Por cada pessoa que se retire das estradas seja a conduzir em 4 ou 2 rodas e que não possua a habilitação, não esteja em condições físicas ou mentais e que a sua viatura constitua perigo por não estar inspecionada (vale o que vale), é provavelmente uma vida que é salva seja por atropelamento ou abalroamento em duas rodas.

Isto é uma selva, seja de carro ou de mota. Princípios básicos de convivência estão degradados, frustrações ou inexperiência, colocadas em cima de uma mota ou carro potenciam os acidentes e mortes dos próprios ou de terceiros.

Nota: não sou nenhum santinho. Também faço porcaria, também me irrito, mas também já tenho tido muita sorte, por situações em que me coloquei ou devido a ações de outros.






Boa noite JViegas.

Concordo e assino por baixo.

Digo mais até, não é bem como alguém disse aqui (não lembro o nome) que é da Malta das 125. Bem, ninguém é santo, todos cometemos erros, outras vezes somos obrigados a comete-los, o que eu acho na minha opinião é como disseste, falta de civismo muitas vezes é falta de formação, esquecem-se de que a via pública ou a utilização das vias é partilhada por todos os que as utilizam e todos lá circulam, os que andam mais depressa, os que andam mais devagar, os que têm bons carros ou motos e os que têm o que podem. Quem anda de moto seja ela qual for tem de respeitar e EXIJIR respeito dos automobilistas e até peões.

Cumprimentos para todos boas curvas e como se costuma dizer sejamos responsáveis..


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Offline PSH72

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Re: Mortos na estrada
« Responder #63 em: 03 de Janeiro de 2018, 08:58 »
Hoje no DN na pag 10 vêm a falar sobre os acidentes de motas, e vem lá informação que o aumento dos acidentes este ano nada têm haver com a lei das 125cc e que nem estas são a causa do aumento de acidentes, pelo contrario é em cilindradas superiores que se viu o aumento de acidentes e a causa é a velocidade excesiva.

Offline pjose

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Re: Mortos na estrada
« Responder #64 em: 03 de Janeiro de 2018, 10:06 »
Hoje no DN na pag 10 vêm a falar sobre os acidentes de motas, e vem lá informação que o aumento dos acidentes este ano nada têm haver com a lei das 125cc e que nem estas são a causa do aumento de acidentes, pelo contrario é em cilindradas superiores que se viu o aumento de acidentes e a causa é a velocidade excesiva.

Aqui fica o artigo para quem quiser ler:

https://www.dn.pt/portugal/interior/bom-tempo-economia-e-velocidade-explicam-mais-sinistralidade-com-motos-9020524.html

Offline PSH72

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Re: Mortos na estrada
« Responder #65 em: 03 de Janeiro de 2018, 10:17 »
Aqui fica o artigo para quem quiser ler:

https://www.dn.pt/portugal/interior/bom-tempo-economia-e-velocidade-explicam-mais-sinistralidade-com-motos-9020524.html

Atenção pjose, esse artigo esta incompleto nem metade do artigo está ai exposto, no fim desse artigo quem não ler o resto dá a entender que é a culpa das 125cc

" Após os números terem sido conhecidos, entidades como o Automóvel Clube de Portugal ou dirigentes de escolas de condução apontaram a lei das 125 cc - que permite a condutores com mais de 25 anos, com carta de ligeiros, conduzir motos até à cilindrada de 125 cc - como o principal motivo .."

Mas no desenrolar dessa afirmação, mostra o contrario onde é comunicado pelo João Dias investigador do IST.

Cá para mim existe interesses por trás disto, ou seja pelas inspeções ou pelo aumento dos seguros para motas (aqui só faz pensar isto pela afirmação da ACP  _pensador_  por estarem a referir o que disseram da lei das 125cc)

Aqui está uma parte da noticia, são 2 paginas, mas tirei este excerto

https://flic.kr/p/2245Spo

« Última modificação: 03 de Janeiro de 2018, 10:38 por PSH72 »

Offline Americano

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Re: Mortos na estrada
« Responder #66 em: 03 de Janeiro de 2018, 10:20 »
Aqui fica o artigo para quem quiser ler:

https://www.dn.pt/portugal/interior/bom-tempo-economia-e-velocidade-explicam-mais-sinistralidade-com-motos-9020524.html


Obrigado companheiro pela partilha, isto vem provar o que eu já ando a dizer a imenso tempo sobre o excesso de velocidade
praticado por quem não tem respeito nem pela propria vida.
Vejo diariamente companheiros a fazer coisas que não devem e rezo que cheguem a casa inteiros.  _anjo_

Boas curvas em segurança...... scooter_
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Re: Mortos na estrada
« Responder #67 em: 03 de Janeiro de 2018, 14:07 »
Digam o que disserem a culpa é somente da falta de civismo 🤤
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Re: Mortos na estrada
« Responder #68 em: 03 de Janeiro de 2018, 18:53 »
Parece-me que o link do artigo tem o texto todo, embora cortado com imagens, etc.
destaco:  "João Dias também rejeita esta explicação ( falta de formação nas 125) : "Apesar de as vendas de motociclos com cilindrada inferior a 125 cc ter representado desde 2010 cerca de dois terços das vendas, a gravidade dos acidentes envolvendo este tipo de motociclos é muito inferior aos restantes." Lembra que os motociclos com mais de 125 cc apresentam tipicamente um índice de gravidade (mortes por cada cem acidentes com vítimas) "tipicamente três vezes superior

Não esqueçamos que a lei das 125 veio trazer muitos motociclistas sem passarem (pagarem) pelas escolas de condução e o ACP é  também uma ( a maior?) escola de condução. Imaginem as perdas que querem evitar no futuro.

Muito mais honesto este artigo que o do Expresso, que dá um relevo excessivo aos players do mercado com interesses económicos bem identificados.
Quando um diário tem artigos de fundo mais completos que um semanário diz bem como o Expresso se tem afundado, e esta abordagem parcial dos acidentes matou mais um bocado do prestígio daquela publicação
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"