[...] não entendo que uma mota que ainda não viu a luz do dia em termos comerciais, já se auto denomine "carismática" mas o marketing assim o obriga... [...]
Boas, Filipe Pombo.
O inglês "charismatic" tem também um sentido que pode não corresponder por inteiro ao nosso "carismático" (se visto pelo lado do "charme"). E lá que ela tem charme, tem (esta é uma opinião pessoal, claro).
"Carisma", concordo, só quando ela estiver à venda, bem testada (pelos utilizadores) e comprovada nas estradas do dia-a-dia.
Ainda sobre o "carisma", não propriamente sobre a pergunta pertinente do Filipe Pombo, mas tendo em atenção o que está escrito anteriormente sobre este modelo:
A Kymco, para já, tem a vantagem de introduzir algumas novidades que certamente veremos acompanhadas pelas marcas carismáticas (sem qualquer tipo de ironia) em futuros "upgrades" dos modelos que têm à venda.
Eis uma das vantagens destas "marcas esquisitas" de paragens estranhas: introduzirem desafios às marcas estabelecidas.
A este propósito, lembro que as marcas estabelecidas também já foram estranhas. Há tempos dei com uma capa antiga da norte-americana "Popular Mechanics" que titulava (de memória): "Algum dia conduziremos um carros assim?" - referia-se desdenhosamente a um dos primeiros modelos Toyota vendidos nos EUA. Vale a pena contar o resto história? Ou lembrar a forma também desdenhosa como foram encarados os primeiros modelos de motas da Honda colocados à venda nos mesmos EUA? E a caricatura dos japoneses, sempre de máquina fotográfica na mão, frequentando tudo o que era feira tecnológica para depois "copiarem"?
Isto para afirmar que
devemos olhar para os produtos pelo seu valor intrínseco e não pelo logótipo. Sabendo claro, que o valor dos logótipos se constrói através dos produtos que se vão colocando no mercado.
Depois, se não há que ter respeito pela marcas quando discutimos motas, há que respeitar as escolhas dos companheiros que fazem opções diferentes.
Já agora, de uma vez por todas:
A Kymco é uma marca de Taiwan, também conhecida por "Ilha Formosa", um nome que diz tudo do que pensavam os portugueses que lá tiveram presença militar.
Os de Taiwan são chineses "de etnia", mas são uma nação independente da República Popular da China, a China continental.
Taiwan foi fundada por Chiang Kai-shek, um general nacionalista chinês que se refugiou nessa ilha após a derrota militar durante a Revolução Chinesa liderada por Mao Tse Tung. A sua independência não é reconhecida pela China mas foi logo reconhecida pelos EUA (tempos da Guerra Fria, logo a seguir à II Guerra Mundial) aliás, foi o apoio militar dos norte-americanos, e ter-se tornado um seu aliado preferencial na zona, que impediu que a Formosa fosse alvo de uma solução militar por parte da China para recuperar esse território... chinês.
Actualmente há algum desanuviamento nas relações comerciais entre estas chinas. À China interessa o "know-how" taiwanês e a Taiwan um dos maiores mercados do mundo.
Agora falemos (mesmo) da mota.