Caro companheiro,
a perda de alguém próximo seja num acidente de mota ou de carro deixa nos sempre a pensar.
Não deveremos fazer a nossa vida em função do que aconteceu aos outros, é verdade que nos pode aconter a nós.
Em 7 anos de condução de mota(sou uma criança
já mudei bastante os hábitos que tinha em termo de condução e de como encaro o trânisto.
Mas o que me fez o click para mudar MUITO, foram duas situações:
- Intervenção cirurgica para remover metade do pulmão, estive praticamente um ano sem conduzir e parecei que tinha começado a andar de mota novamente.
- Presenciado um acidente na CRIL mesmo a minha frente em que um carro ao se meter perde o controlo e capota. O som do metal a raspar no alcatrão...ainda hoje quando passo no local me lembro. Foi uma questão de segundos, se tivesse passado 20 segundos depois seria o carro eu e a mota a raspar no alcatrão.
Se já fazia muita prevenção na estrada então depois disto, não invento, sei os limites da mota, sei os meus limites, avalio cada carro que circula ao pé de mim ou mais a frente. Sei que mesmo com isto tudo sou um alvo, somos o elo mais fraco na estada, mas não me tira a vontade de agarrar nela todos os dias e curtir a liberdade de andar, cumprimentar companheiros, velhos novos, adolescentes seja quem for.
Boas curvas e de preferência com muita segurança!