Estudo sobre a personalidade dos condutores Europeus

[Sapiens21]

Estudo sobre a personalidade dos condutores Europeus

Este tópico é criado com o objectivo de partilhar com os membros do fórum uma notícia, largamente divulgada na web nos últimos dias, que tem por base um estudo sobre o comportamento e a personalidade dos condutores Europeus.

Apesar das imagens aqui colocadas conterem apenas veículos automóveis, acredito que depois de lerem os resultados deste estudo, que divide a personalidade dos condutores em 7 categorias, rapidamente verão que se adapta na perfeição à esmagadora maioria dos condutores de motociclos. 

A notícia e as respectivas imagens encontram-se em diversos websites internacionais, mas abaixo posto o texto obtido em: turbo.sapo.pt, para o qual desde já remeto todos os créditos.

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A Goodyear e a London School of Economics levaram a cabo um estudo para descobrir as sete personalidades que os condutores da Europa exibem quando estão ao volante.




Os psicólogos sociais da London School of Economics and Political Science (LSE), num estudo em colaboração com a Goodyear sobre segurança rodoviária, identificaram diferentes padrões de comportamento seguidos pelos condutores quando interagem com os restantes. Através de grupos de debate e entrevistas em profundidade com condutores europeus, os investigadores identificaram sete personalidades que se manifestam frequentemente:


1) O Professor: necessita de se certificar de que os restantes condutores estão cientes dos seus erros e espera reconhecimento dos seus esforços para ensinar outros.




2) O Sabichão: Acha que está rodeado por pessoas incompetentes e contenta-se em gritar em tom condescendente com os outros condutores na proteção do seu próprio automóvel.




3) O Competitivo: Precisa de passar à frente de todos os outros condutores e irrita-se quando alguém se intromete no seu caminho. É provável que acelere quando alguém o tenta ultrapassar ou reduza a distância entre ele e o automóvel da frente para impedir que outra pessoa se meta à sua frente.




4) O Justiceiro: Quer punir os outros condutores por qualquer comportamento considerado incorreto. Pode acabar por sair do seu automóvel ou abordar os outros condutores diretamente.




5) O Filósofo: Aceita as falhas dos outros condutores e tenta explicá-las racionalmente. Consegue controlar os seus sentimentos quando conduz.




6) O Evasivo: Trata de forma impessoal os condutores que cometem infrações, considerando-os apenas um perigo.




7) O Fugitivo: Ouve música ou fala ao telefone para se isolar. Os fugitivos distraem-se para não se relacionarem com nenhum dos outros condutores na estrada. É uma estratégia para evitarem ficar frustrados desde o primeiro momento.




“A maioria destes comportamentos pode originar situações perigosas na estrada. Compreender que tipo de comportamento exibimos e que situações o provocam é o primeiro passo para o podermos controlar de uma forma adequada, criando assim um ambiente de condução mais seguro para nós e outros na estrada. Além da aplicação eficaz de leis contra condução agressiva; a educação e aprendizagem ao longo da vida são as mais poderosas estratégias para abordar este aspeto social e emocional da condução e para alcançar os maiores avanços na segurança rodoviária”, recomenda Olivier Rousseau, VicePresidente de Pneus de Consumo da Goodyear na Europa, Médio Oriente e África. A segunda parte do projeto é um estudo pan-europeu em 15 países. Os resultados finais e análise do estudo a nível europeu são esperados em Outubro.

[CarlaLopes]

Os veículos são armas , aquando da formação dos novos condutores nas escolas deveria ser feito um trabalho de consciencialização exaustiva para os perigos de pensarem que o carro ou mota são um brinquedo.
Até  mesmo testes psicológicos.
Boa partilha. 

[António Teles]

 

[Rufido]

Estou plenamente de acordo com o que escreveu a companheira Carla e acrescento ainda que tenho para mim que esses exames psicológicos deveriam acontecer com alguma periodicidade.

[Sapiens21]

Sim Carla  , existe trabalho a fazer na área da formação e consciencialização, mas em que as Escolas de Condução deverão ser mais do que o único veículo de transmissão.

Ou seja, as atitudes comportamentais podem ter logo nas escolas uma forma de iniciar uma formação que incuta nos mais jovens a importância da segurança e do respeito pelos outros utentes da via. 

P.ex. eu veria com bons olhos que nas visitas de estudo houvesse em todas as escolas uma visita ao Centro de Reabilitação de Alcoitão.

[horacioalgar]

 

[António Teles]

Sim Carla  , existe trabalho a fazer na área da formação e consciencialização, ..........
..................
P.ex. eu veria com bons olhos que nas visitas de estudo houvesse em todas as escolas uma visita ao Centro de Reabilitação de Alcoitão.

Penso que o tratamento de choque não é o que mais resultados apresenta. Mas também não sei indicar a cura ou o caminho a seguir. Reconheço que muitas pessoas se alteram por completo em diversas situações, por exemplo os peões por vezes na passadeira tem atitudes impossíveis de antever e não vão a conduzir nada.

[Sapiens21]

Compreendo o teu ponto de vista quanto ao tratamento de choque a que te referes, caro António Teles. 

Mas repara que a consciencialização de um aluno do ensino secundário, que se vê rodeado de facilitismos e excessos próprios da idade, por certo tomaria para si mesmo...para o seu intimo, algo de proveitoso em passar por uma visita guiada e acompanhada por técnicos que ali trabalham diariamente, em prol da recuperação de muitos acidentados nas estradas deste país.

Não existem de facto fórmulas mágicas para chegar a todos, pois todos são diferentes. E isto conduz-nos invariavelmente às escolas de condução, que por muito boa vontade e diligências que façam, são apenas uma de várias formas de actuar para as atitudes comportamentais a ter quando se leva um veículo aos seus comandos.

[JViegas]

Este estudo recorda-me que o acto de conduzir um veículo por mais que seja um acto pessoal/individual, deixa-o de ser quando interagimos com os restantes utilizadores da via, sejam eles outros automobilistas/motards, ciclistas ou peões.

O simples facto de iniciarmos a marcha na via pública, coloca-nos num estado de vigilância e alerta, logo o relacionamento/interatividade com os restantes utilizadores da via é inevitável.

A prevenção rodoviária, na minha opinião, falha redondamente. Não resulta. Numa sociedade onde a publicidade aos veículos baseia-se principalmente no prazer de conduzir, é lógico que quando se “apanha” com uma fila, um condutor mais lento ou distraído na via pública, isso “desvia-nos” do prazer que estamos a obter com a viatura.

Reconheço que às vezes vou a disfrutar da minha viatura quando me deparo com situações que me fazem ficar mais alerta: um carro mais lento na estrada (porque talvez não conheça melhor a via onde vai) ou alguém que vai mais distraído (porque vai ao telemóvel) ou ainda alguém que com mais pressa do que eu se encosta perigosamente a mim, para apenas me ultrapassar por uma “nesga” e ficar em marcha lenta na próxima viatura que encontra, ganhando apenas 5 ou 10 metros em relação à posição onde se deslocava na via.

Volto a repetir: a prevenção rodoviária que atualmente se fala em Portugal, é ineficiente. Não resulta. Nem sei se está melhor que há 20 ou 30 anos. Porque apesar de existir mais informação e campanhas sobre o assunto, os acidentes são cada vez mais violentos: famílias mortas em colisões frontais em retas, pessoas desaparecidas em enchentes porque saíram a conduzir com mau tempo, veículos pesados que perdem o controlo, entre outros exemplos que agora me veem à memória.

Desculpem o texto longo, mas este é um assunto que me é muito próximo.
Bom post Sapiens21.

[Sapiens21]

Quando se pensa que já se viu de tudo....aparece sempre algo que ultrapassa aquilo que se tomava por garantido.

Enfim...quando não há razoabilidade na partilha da estrada, há isto:

https://youtu.be/tHbh2l9eoHE


EDIT: Reparem que foi publicado no dia 04/04/2016 e já leva quase 1 milhão de visualizações....

[marb]

Quando se pensa que já se viu de tudo....aparece sempre algo que ultrapassa aquilo que se tomava por garantido.

Enfim...quando não há razoabilidade na partilha da estrada, há isto:

https://youtu.be/tHbh2l9eoHE


EDIT: Reparem que foi publicado no dia 04/04/2016 e já leva quase 1 milhão de visualizações....

De facto!!!! Hoje sucedeu-me algio também anormal, em plena A1, circulava na faixa mais à direita (numa zona com 3 faixas), mas como habitualmente, circulo mais ou menos a meio, ligeiramente para a esquerda. Ora, veio um carro por trás e ...ultrapassou-me pela direita, quando tinha a faixa do meio e da esquerda desocupadas. É claro que fartei-me de apitar e protestar, mas como não tinha motor, não o acompanhei. Se fosse na Integra, podem ter a certeza que iria atrás dele (ou dela) e tomaria satisfações 

[las125]

Tema interessante e bom para introspecção sobre o nosso comportamento na estrada.

De facto!!!! Hoje sucedeu-me algio também anormal, em plena A1, circulava na faixa mais à direita (numa zona com 3 faixas), mas como habitualmente, circulo mais ou menos a meio, ligeiramente para a esquerda. Ora, veio um carro por trás e ...ultrapassou-me pela direita, quando tinha a faixa do meio e da esquerda desocupadas. É claro que fartei-me de apitar e protestar, mas como não tinha motor, não o acompanhei. Se fosse na Integra, podem ter a certeza que iria atrás dele (ou dela) e tomaria satisfações 

Algo se passou antes do início do vídeo pois o espelho direito está meio solto.
Mas nada justifica esta loucura!

[Sapiens21]

Tema interessante e bom para introspecção sobre o nosso comportamento na estrada.

Algo se passou antes do início do vídeo pois o espelho direito está meio solto.
Mas nada justifica esta loucura!

Também julgo que se terá passado algo antes do início do vídeo (quiçá um pequeno toque com o espelho)...mas por certo nada que justificasse aquele comportamento do indivíduo no carro.

Só não se deu um acidente por mero acaso...

[FARMOBOY83]

http://www.local10.com/web/wplg/news/local/miami-driver-attempts-to-run-motorcyclist-off-the-road
Foram ambos presos...estupidamente a policia não aceitou as manobras evasivas do motociclista como necessárias para salvar a própria vida (sim, conduzir em sentido contrário parece estupido mas o desespero...) porque segundo a policia ele podia ter parado a qualquer momento (pois, para depois ser atropelado). O condutor do carro terá as penas mais agravadas.

[las125]

http://www.local10.com/web/wplg/news/local/miami-driver-attempts-to-run-motorcyclist-off-the-road
Foram ambos presos...estupidamente a policia não aceitou as manobras evasivas do motociclista como necessárias para salvar a própria vida (sim, conduzir em sentido contrário parece estupido mas o desespero...) porque segundo a policia ele podia ter parado a qualquer momento (pois, para depois ser atropelado). O condutor do carro terá as penas mais agravadas.

"Road rage" é um termo interessante para definir este fenómeno - Fúria na estrada.
O condutor do carro descreve que entrou num estado de fúria, portanto de descontrolo pessoal. Sai de sí e comporta-se de forma anormal em raiva descontrolada.
Desconhecendo as motivações de base para este comportamento acredito que qualquer um de nós, nas condições certas, podemos chegar a este ponto.
Certo que não é desculpável mas quantos crimes sérios e até fatais foram já cometidos por pessoas 'incapazes' de fazer tal coisa?
Talvez da mesma forma que devemos renunciar à condução sobre o efeito do álcool e estupefacientes também devemos ponderar o nosso estado de espírito.

Estejam ZEN!

[cross]

Sobre esta tentativa de identificar certos "profiles" do comportamento social ou estereótipos da nossa sociedade não  deixa de ser válido mas é  tapar o sol com a peneira e ser politicamente correto na abordagem do problema.

Aceito perfeitamente que mesmo dentro dessas classificações tão diferentes existem outros factores que não  se menciona. Nós por exemplo dos países do Sul, latinos e etc... fervemos em pouca água e isso reflete-se na estrada. É da nossa tradição e está no nosso dna e identidade. Não estou a dizer que somos piores ou que provocamos as situações existem em maior numero mas que temos as nossas maneiras de as tratar.

Eu conduzo em muitos países e noto muito bem as diferenças que existem e tive muitas surpresas.

Não acredito nessas "tangas" da prevenção  rodoviária se me permitem a expressão ou tratamentos de choque tipo os maços de tabaco com fotos etc... têm a eficácia que se dizem ter...
Não são essas campanhas que vão  dar educação, carácter e incutir respeito a certos elementos que por aí andam... estas coisas começam em casa, já dizia a minha avó.

Certamente já nos aconteceu a todos nós uma situação deste tipo ou algo que nos revoltou de alguma maneira.

Neste casos a recomendação que deixo aqui é que esqueçam rápidamente porque nada merece os riscos que uma reação impensada que incorremos.

Espero que pessoalmente tenha sempre a força necessária para passar a frente e siga...., porque às vezes dá  uma vontade de dar umas "bofetadas" que não vos digo mais nada.... 

Boas curvas

Ps: parece que não se pode dizer bofetadas publicamente devido o contexto violento da expressão que leva ministros à demissão:) portanto se sentirem "violentados" podem substituir por um murro nos corn.... mesmo!

Sent from my Samsung S7 edge

[Sapiens21]

Estive a ler as razões para aquilo que se vê no vídeo e....por incrível que pareça, tudo se deverá (grosso modo), ao famoso gesto do dedo médio levantado. 

Dá graça, mas o que se seguiu não tem graça nenhuma...


"Mr. Rosa totally loses it when Mr. Gonzalez gives him an initial hand gesture and goes into some sort of rage," Ofc. John Buchanan of the Homestead Police Department said.

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Gostei de ler a tua análise, Cross. 
Efectivamente, há coisas que não se ensinam ou se interiorizam numas aulas de condução.... A prevenção rodoviária e o seu entendimento correcto vem, em boa medida, da formação dada desde casa...