Só hoje vi este topico e não podendo fugir ao repto do RRufino deixo aqui um texto que tinha elaborado já há uns tempos e que me parece ainda actual cerca de 3500 kms depois.
Definitivamente a Mana não é uma Maxi.
Rodas de 17" e ausência da protecção aerodinamica ao nivel das pernas tornam-a uma Moto convencional.
Todo o seu aspecto é de Moto.
O seu design é belo como a Aprilia já nos habituou.
Os apreciadores do estilo classico tem aqui um exemplar de eleicção.
O motor é um bicilindrico com cerca de 75 cv com três modos de potência, Sport, Touring e Rain como as suas irmãs Dorsoduro e Shiver.
É também possivel conduzi-la em modo automatico ou sequencial (7 velocidades) com comandos manuais ou no pé.
No lugar habitual do desposito de combustivel existe espaço para um capacete. Nem todos são bem vindos por excesso de largura ou principalmento por excesso de comprimento.
Está disponivel em cores solidas de bom gosto e com bons acabamentos.
Passadas as apresentações queremos saber como é que a Mana se comporta.
`
Mais uma vez é uma Moto convencional.
As suspensões são confortaveis, a da frente talvez até mole demais.
Os pneus são os habituais 120 á frente e 180 atrás.
Esta combinação e um banco ergonomico garante-lhe um conforto de marcha e uma capacidade para ultrapassar as irregularidades da estrada que não está ao alcance das Maxiscooters.
Diria também que se encontra muito a vontade nos pequenos percuros de terra com esta combinação.
A posição de condução é ligeiramente aberta e com uma pequena flexão do tronco para diante.
Confortavel sem duvida.
O ecra é regulavel em altura.
A protecção da cabeça e do tronco para 1,74 mts é mediana. Podia ser melhor.
Fazer muitos kms seguidos aos seus comandos não é problema.
É antes um prazer. O banco apesar de firme não incomoda.
A limitação surge pelos 16 litros de combustivel do deposito que se encontra na parte detrás do quadro, e se enche subindo o banco do pendura.
Se mantivermos um ritmo constante(AE) mais ou menos elevado, 130-160 kms/h a Mana gastará cerca de 6,2- 6,3 litros/100 kms. A ritmos mais moderados ou velocidades menos constantes não ultrapassa os 5,5 lts.
Nestas velocidades de cruzeiro a Mana mostra-se muito á vontade.
É possivel ver no seu marcador velocidades na ordem dos 190 kms/h.
Para além se ser muito agradavel em viagem é nas deslocações urbanas, sub-urbanas e estradas nacionais o terreno de eleiçcão da Mana.
Em modo automatico basta rolar o punho. E já está. Todos surpreendidos. Os condutores dos outros veículos, automoveis e motociclos e o proprio condutor da Mana. Tal a facilidade e rapidez de acção. É na fase inicial e media do regime do motor onde se sente mais o vigoroso impulso da mota.
Um outro traço caracteristico é o som inconfundivel do Bi.cilindrico, potenciado por um bela panela de escape. Ao bom estilo italiano adverte e impressiona os outros condutores.
É em jeito de conclusão uma moto extramente agradavel, nada excessiva e que revive o prazer de andar de moto com simplicidade e eficacia e muito estilo saboreando o contacto com o vento e os elementos sempre que nos apeteça.
Foi com bastante agrado que conduzi mais de 45 centenas de kms pelas belas estradas do nosso País.
Anseio por mais...
