Motas velhas, dinheiro novo
Há novidade nos incentivos ao abate de veículos em fim de vida
A proposta para a reintrodução de incentivos ao abate de veículos em fim de vida está na Assembleia da República e inclui os motociclos, classe que nunca tinha sido visada pela medida. O diploma vai ser discutido na sequência de uma petição entregue em Abril.
Importadores, comerciantes e a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) acreditam que as vendas no sector podem aumentar, caso a lei seja aprovada.
O secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, assegura que o Estado não ficará prejudicado com a medida, antes pelo contrário.
“Há uma maior receita fiscal, porque aqueles veículos que se vão vender e que não se venderiam se não houvesse incentivo dão ao Governo, em termos de imposto sobre veículos e de IVA, um retorno que estimámos de 50 milhões de euros em 2013”.
As vendas de motociclos até 125 centímetros cúbicos caíram 33% até Abril, comparando com o mesmo período do ano passado. Longe vai o ano de 2009, que registou uma explosão nas vendas, com a autorização para que estes motociclos pudessem ser conduzidos com carta de ligeiros.
As vendas de motociclos até 125 centímetros cúbicos caíram 33% até Abril comparando com o mesmo período do ano passado. Longe vai o ano de 2009, que registou uma explosão nas vendas com a autorização para que estes motociclos pudessem ser conduzidos com carta de ligeiros.
A crise, a instabilidade, o desemprego e os problemas no acesso ao crédito estão a colocar em dificuldades o sector do comércio de motociclos. O proprietário da Companhia Mundial do Atlântico, Nuno Mascarenhas, garante que há cinco anos vendia 50% mais do que hoje e que é sobretudo a fiscalidade que o prejudica.
Já o responsável pelo departamento de motos da Yamaha Motor Portugal explica que fez uma experiência piloto há cerca de 10 anos com bons resultados.
“O que fizemos foi pôr em prática um sistema de incentivos, de que nessa altura se falava ainda pouco, e o que aconteceu foi uma adesão bastante grande e umas largas dezenas de veículos de 50 centímetros cúbicos, nomeadamente as antigas Nacionais, que foram substituídas por scooters novas”, revela Filipe Almeida à Renascença.
Fonte:
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=107869Boas curvas