Autor Tópico: BMW C650GT - Notas de test ride  (Lida 33591 vezes)

ZeZeZoom

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BMW C650GT - Notas de test ride
« em: 30 de Setembro de 2012, 10:34 »
O meu interesse na BMW C650GT foi crescendo e, na manhã do sábado dia 29 de Setembro, lá fui fazer um pequeno mas esclarecedor test ride.
Tive de me deslocar ao outro lado do Tejo, à Motomil, no Feijó (Almada), pois os 2 concessionários BMW Motorrad em Lisboa só têm disponível para test ride a C600Sport, o que é algo que não entendo. A Motomil tem ambas as versões disponíveis para teste.
Apareci sem qualquer pré-aviso, pelas 10.40 horas, num concessionário que desconhecia por completo, e fui muito bem atendido pelo Paulo Pinho.
O movimento na concessão (BMW e Honda) era enorme e fiquei impressionado. A mota não estava disponível de imediato, pois o director técnico da concessão tinha saído com ela (curiosamente, saiu justamente quando eu estava a chegar). Aguardei o tempo necessário e, cerca das 11,30 horas, lá iniciámos o teste. Digo iniciámos porque o Paulo Pinho (comercial) perguntou-me se eu queria ir sózinho ou se preferia que ele viesse comigo, ao volante da C600Sport, hipótese que preferi, pois não sou um grande conhecedor das estradas da zona e ele já tinha um percurso pensado para mostrar as características da mota.
Não tirei fotos, pois elas estão disponíveis em muitos sítios da internet e abrangem todas as perspectivas que podem interessar a quem não conhece a mota.
É importante referir que eu já tinha feito uma análise estática exaustiva à mota: tinha-me sentado nela, nos dois lugares disponíveis; tinha experimentado o guiador, as manetes dos travões, a colocação dos pés no chão com a mota parada; tinha-a colocado no e retirado do descanso central (e do lateral); tinha-a movimentado à mão; tinha experimentado a excelente capacidade do espaço de carga com dois capacetes grandes (ainda sobeja espaço); tinha apreciado a mota de todas as perspectivas possíveis e imaginárias e reparado nalguns acabamentos (especialmente, os plásticos que cobrem o guiador junto dos indicadores do nível do líquido dos travões e, também, as tampas dos espaços de arrumação dos 2 lados do guiador), muito abaixo do nível que se espera de uma BMW e se exige de uma mota que custa cerca de €12.600 (muuuuuitos euros).
A mota que conduzi é vermelho escuro (das 3 cores disponíveis, aquela que menos aprecio). Os vários riscos no túnel central – alguns bem respeitáveis – mostram que nem todos têm facilidade em subir a bordo, mas eu, com 1,79m e quase 52 anos, não encontrei qualquer problema (e achei o exercício mais complicado na Honda Integra).
O 'bicho' pesa cerca de 260 kgs em vazio e, nas manobras de parqueamento, com o motor desligado, isso nota-se; é precisa alguma concentração e calma para não deixar que o peso da mota se imponha.
Sentado no banco, há duas coisas que percebo imediatamente: em primeiro lugar, que o espaço para o condutor – especialmente, para as pernas – é verdadeiramente enorme e abundante (seguramente que alguém com 2 metros de altura se sentirá à vontade na mota); em segundo lugar, que os meus pés não assentam completamente no chão, embora seja facílimo controlar a mota, apenas com as pontas dos pés, tal o equilíbrio do chassis.
Passando à análise dinâmica, começo precisamente pelo chassis e afirmo: é primoroso, equilibradíssimo, absolutamente sensacional! Ainda mais do que na minha MaxSym (que já é excelente neste particular), é facílimo estar em cima da mota, com o motor ao ralenti e ela virtualmente parada ou a 1 ou 2 kms/hora. Ainda mais do que na MaxSym, logo que as rodas estejam em movimento (mesmo que muito lento), o peso da mota desaparece. Completamente! Parece mágico!
A disposição dos comandos, a envergadura e a altura do guiador, a altura do banco e a sua posição relativa face ao guiador – em suma, os aspectos ergonómicos – são de primeiríssima qualidade; de tal forma que a mota não exige qualquer habituação, não me causou qualquer estranheza e a sua condução mostra-se facílima (ainda mais do que a da MaxSym).
A mota não traz encosto para o pendura de série; como é hábito na BMW, esse equipamento é um extra e há duas soluções: ou colocar uma top case e o respectivo encosto (não é solução para mim, pois não aprecio top cases) ou colocar apenas o encosto. Não me souberam indicar o preço deste encosto, pois parece ainda não estar no sistema mas, no site da scooter-sation, já vi que custa um pouco menos de €200.
Se conseguiram ler isto até aqui, já devem estar a pensar que nunca mais escrevo sobre o que verdadeiramente interessa, a saber: o comportamento dinâmico (em andamento), o motor, as suspensões e os travões da mota. Por isso, e para aqueles que já não têm paciência para ler muito mais, antecipo que são absolutamente fenomenais.
O percurso que o Paulo Pinho escolheu consistia em sair do concessionário e descer até à rotunda do centro-sul, percorrer o IC20 até à saída para a Trafaria, subir a serra da Trafaria (cuja existência eu desconhecia!) ir ao Alto do Índio e regressar à  Motomil pelo lado oposto àquele para que saímos quando iniciámos o percurso. São cerca de 35 kms e foram bastantes para eu me render completamente à C650GT. Estou convertido!
Conduzir a C650GT no trânsito intenso, a baixa velocidade, fazendo rotundas, abrandando para os semáforos e arrancando é quase uma brincadeira de crianças. A C650GT é mais ágil que a MaxSym 400i, apesar de ser cerca de 45 kgs mais pesada. As manobras de evasão – os ziguezagues, por exemplo – são facílimos; quase me esqueci que estava a conduzir uma mota, pois é tudo tão intuitivo e fácil nesta mota que parece que nunca conduzi outra.
Na condução da minha MaxSym (sem ABS), utilizo muitas vezes só o manípulo esquerdo dos travões, quando faço cidade; até entrarmos no IC20, foi isso que fiz com a C650GT e reparei em algo que já tinha lido no teste da scooter-infos: o ABS manifesta-se com relativa facilidade e mesmo a baixa velocidade, se usarmos só o manípulo esquerdo e se o piso for escorregadio, como é o caso daquele alcatrão vidrado tão comum nas nossas cidades e que existe, por exemplo, na descida do Feijó até à rotunda do centro-sul. Sente-se o ABS a actuar, mas não coloca qualquer problema (nem para mim, que conduzi uma mota com ABS pela primeira vez). Não atingimos grandes velocidades, mas os travões mostraram-se sempre muito fáceis de dosear e nem por uma única vez senti que tivesse aplicado força a mais ou a menos nos manípulos. Tudo absolutamente intuitivo. Os travões são muito bons e o seu comportamento é indiferente ao estado do piso: seco, molhado, escorregadio, regular ou irregular. Tive ocasião de fazer umas travagens mais apertadas, para perceber a capacidade de desaceleração da mota e fiquei absolutamente satisfeito.
Quanto às suspensões, só posso dizer que estão muito à frente das da MaxSym (que acho razoavelmente boas); a combinação do trabalho das suspensões com a moleza e conforto do banco tornam a condução da C650GT absolutamente viciante. A mota é muito confortável e ainda mais segura e estável; não salta nas maiores irregularidades (fiz-lhe algumas maldades, passando deliberadamente sobre algumas irregularidades consideráveis e, de todas as vezes, fiquei espantado com a capacidade de absorção das suspensões), mantém-se sempre estável e, quando as irregularidades são maiores, a suspensão da frente mostra a dureza necessária para manter a direccionalidade e a estabilidade da mota. E nada chocalha nem faz barulho, mesmo quando as pancadas da suspensão são maiores. É difícil de descrever a qualidade das suspensões e do seu acerto, mas talvez vos possa esclarecer melhor se disser que, naquele percurso relativamente curto, várias vezes pensei: 'isto é que é viajar de mota em 1ª classe'. Espantoso! Para além disso, a C650GT curva divinalmente: não abana, não baloiça, não escorrega, não alarga a trajectória, vai exactamente para onde e por onde se quer que vá. Tive ocasião de verificar quão fácil é manobrar a mota quando, numa apertada curva à esquerda, a subir, na serra da Trafaria, encostado ao eixo da via, encontrei, em sentido contrário, um autocarro que descia ocupando um pouco da minha faixa. Pois, fazer aquele movimento de esquiva – retirar gaz, balançar a mota para a direita e, depois, para a esquerda e reacelerar – foi facílimo; tão fácil que nem deu para me chegar a preocupar, apesar do tamanho e da proximidade do autocarro. Um mimo!
O motor, agora. Deixei o melhor para o fim: o motor é simplesmente soberbo; tem binário a rodos e rodar o punho nas subidas dá direito a um empurrão fenomenal, qualquer que seja a velocidade e a rotação a que comece essa aceleração. Roda-se o punho e a C650GT dispara por ali acima sem qualquer hesitação, sem hiatos, sem poços, sem fraquejar, ganhando velocidade a um ritmo alucinante e com enorme progressividade. Mesmo que se acelere em piso irregular, a progressão da mota não sofre qualquer entrave, não há falhas de tracção motivadas pelos ressaltos do piso (como acontece com a minha MaxSym, cujas suspensões traseiras estão no 4), aquilo segue sobre carris rumo à curva seguinte. Absolutamente viciante, fascinante! Que gozo! Que máquina! Portentosa, esta BMW C650GT. Reparem que nem sequer experimentei a aceleração da mota em terreno plano, pois as experiências que fiz em subidas bastante inclinadas, partindo de rotações e velocidades cada vez mais baixas, deixaram-me completamente satisfeito e convencido; em terreno plano, a mota será uma autêntica bala.
Quanto ao som do escape (no modelo de ensaio era o original, a C600Sport tinha o Akrapovic, que é um extra no valor de €600 e melhora o som e o rendimento), ele faz um pouco de matraquear ao ralenti e a muito baixa rotação mas, à medida que a rotação sobe – e desde quase os regimes mínimos de funcionamento – o som ganha corpo e torna-se agradável e, uma vez mais, viciante.  É giro ouvir o motor a cantar quando se acelera... Comparado com o Akrapovic, o som é muito menos grave e parecido com o dos motores de 2 cilindros opostos da BMW. Para uma mota de turismo, como é esta C650GT, talvez o ruído do escape seja um pouco audível em demasia, mas lá que dá pica, isso dá...
Ainda o nosso percurso não tinha terminado, o Paulo Pinho perguntou-me o que estava a achar. A minha resposta foi, apenas: pfffffff... Estava verdadeiramente maravilhado.
A minha síntese desta tão curta quanto intensa experiência é a seguinte: conduzir a BMW C650GT, quando se tem como termo de comparação uma maxiscooter como a minha MaxSym 400i, é quase, quase, como repetir a sensação de passar de uma 125cc para uma 400cc. É outro mundo! É tudo melhor e algumas coisas – nomeadamente, motor e suspensões - são mesmo muito melhores.  Mas fazem-se pagar muito bem...

Offline Scooterado

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #1 em: 30 de Setembro de 2012, 16:21 »
Excelente  relato _palmas_ ZeZezoom,
Quase dá vontade de ir já ao stand, hehe ( ainda bem que não há aqui nenhum perto.... )
Essa maxi por acaso, era 1 das que já tinha posto de parte ( e não só pelo fator €€€€ ) pois prefiro aquelas de caracter + desportivo ( tipo Tmax  ) no entanto e tambem devido aos teus comentários irei testar ( entre outras ) a BMW 600 c Sport, quando for a altura própria.
1 abraço e obg. pela partilha.
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desde 9/12/2015 comprei 1 Tmax 530  preta com 22.242 e  vendi-a com 84.400 , entretanto há outra T 530 de 2015!!

ZeZeZoom

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #2 em: 30 de Setembro de 2012, 16:47 »
Scooterado, a C600Sport partilha o chassis e o motor com a C650GT, mas é alguns quilos mais leve e foi criada deliberadamente para combater a Yamaha TMax 530.
Os ensaios disponibilizados aos concessionários da BMW decorreram em Barcelona e arredores e as duas motas da concorrência que estavam disponíveis para comparações eram, justamente, a TMax (concorrente directa da C600Sport) e a Suzuki Burgman 650 Executive (concorrente directa da C650GT).
A C600 Sport tem outra posição de condução, devido a um banco mais elevado e mais rijo e a um volante mais baixo e menos amplo. Tem, também, menos equipamento do que a C650GT e um espaço de carga bastante mais pequeno do que o da C650GT (embora, quando a mota está parada, esse espaço de carga possa ser ampliado através da actuação do flexcase, que é uma bolsa em kevlar que cai para cima da roda traseira, permitindo colocar um 2º capacete).
Se te interessam motas do tipo TMax não deves deixar de experimentar a C600Sport, que é mais rápida do que a C650GT (há quem diga que a diferença não se deve só ao peso mas, também, a uma afinação diferente do motor, que a BMW garante ser exactamente igual nas duas versões). De qualquer modo, se a C650GT já é um foguete, imagino a C600Sport...

Offline Sapiens21

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #3 em: 30 de Setembro de 2012, 20:08 »
Também gostei muito do relato.

Fiquei prendido ao ecrã a ler a descrição toda.

Obrigado ZeZeZomm  _pol_

ZeZeZoom

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #4 em: 30 de Setembro de 2012, 20:29 »
Uma coisa importante que me esqueci de mencionar no relato do ensaio: o vidro sobe e desce electricamente  _palmas_ _palmas_ _palmas_ _pol_  e proporciona uma excelente protecção aerodinâmica, nitidamente melhor que a da MaxSym (que sempre achei muito boa).
Por outro lado, a mota é muito pouco sensível ao vento; ontem estava algum, vinham umas rajadas fortes de quando em vez e nunca senti o comportamento da mota ou a minha condução perturbada. Como o motor é bem mais forte que o da MaxSym (quase o dobro dos cavalos e o dobro do binário), 'combater' o vento é coisa de crianças. Na MaxSym, provavelmente devido ao menor binário, percebemos que a mota está a lutar contra a força do vento, embora o seu comportamento aerodinâmico seja absolutamente excelente.
Conclusão: a aerodinâmica da C650GT é muito bem pensada e tremendamente eficaz.
Nos muitos ensaios à C650GT que já li (em francês, em inglês e em português), há vários que referem a existência de vibrações nos espelhos retrovisores. Pois bem, na mota que ensaiei, isso nunca se manifestou e asseguro que os espelhos são muito funcionais, proporcionando uma excelente retrovisão.
« Última modificação: 30 de Setembro de 2012, 20:36 por ZeZeZoom »

RCEu

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #5 em: 30 de Setembro de 2012, 21:05 »
Uma coisa importante que me esqueci de mencionar no relato do ensaio: o vidro sobe e desce electricamente  _palmas_ _palmas_ _palmas_ _pol_  e proporciona uma excelente protecção aerodinâmica, nitidamente melhor que a da MaxSym (que sempre achei muito boa).
Por outro lado, a mota é muito pouco sensível ao vento; ontem estava algum, vinham umas rajadas fortes de quando em vez e nunca senti o comportamento da mota ou a minha condução perturbada. Como o motor é bem mais forte que o da MaxSym (quase o dobro dos cavalos e o dobro do binário), 'combater' o vento é coisa de crianças. Na MaxSym, provavelmente devido ao menor binário, percebemos que a mota está a lutar contra a força do vento, embora o seu comportamento aerodinâmico seja absolutamente excelente.
Conclusão: a aerodinâmica da C650GT é muito bem pensada e tremendamente eficaz.
Nos muitos ensaios à C650GT que já li (em francês, em inglês e em português), há vários que referem a existência de vibrações nos espelhos retrovisores. Pois bem, na mota que ensaiei, isso nunca se manifestou e asseguro que os espelhos são muito funcionais, proporcionando uma excelente retrovisão.

Outra coisa que por exemplo não mencionaste é que é possível vir de origem com alarme (não sei qual dos Kit's trazem) e que o travão de mão dessas meninas é accionado quando se retira a chave da ignição. Muito bom. _pol_

Se eu pudesse... _pensador_  Mas por outro lado a XCiting ainda só tem quatro meses e meio na minha mão. _Rolley_  Acho que vou gozar um bocadinho mais, agora que até ficou praticamente nova com aqueles plásticos todos novos que levou na frente.

Abraço e vamos lá a ver para quando esse evento.

Offline Afonseca

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #6 em: 30 de Setembro de 2012, 21:33 »
Excelente descrição sobre a BMW C650GT.  _palmas_
Só por esse fato devias ter um desconto na aquisição da maxi. No final é fazer um print deste tópico e levar até à Motomil  _lool_

Fiquei a gostar dessa mota sem ainda a conhecer. No entanto adianto que o meu orçamento não chega a tanto, ou seja, não entrar por caminhos desconhecidos...

Não posso deixar de ser transparente e coerente comigo mesmo e até com os companheiros que lerem estas palavras. Da mota tudo é excelente, mas não há Bela sem Senão e o pisa pés do pendura, não é os mais confortável, até causa algum incomodo em grandes passeios. _pensador_

De resto, só espero que o nosso companheiro Zezezom, adquira a tal máquina para nós também darmos uma voltinha mesmo sem sair do lugar  _lol_
Muitas felicidades e boas curvas

 _pt_ _scp_ scooter_
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Offline luispdl

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #7 em: 30 de Setembro de 2012, 22:09 »
Uma coisa importante que me esqueci de mencionar no relato do ensaio: o vidro sobe e desce electricamente  _palmas_ _palmas_ _palmas_ _pol_  e proporciona uma excelente protecção aerodinâmica, nitidamente melhor que a da MaxSym (que sempre achei muito boa).

A 1ª vez que vi isso foi... hoje  _pol_ no nosso evento do kuduro, um companheiro de Setúbal (qu já conhecia pessoalmente, mas não a montada) levou a Gilera GP 800 dele e... voilá... o ecrã sobe e desce electricamente.

A dele (o VonMonster) é esta que vai no link http://www.autoinfection.com/wp-content/uploads/2009/08/Gilera-GP800-2.jpg

Mais uma vez... é outro campeonato  _Rolley_
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ZeZeZoom

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #8 em: 30 de Setembro de 2012, 23:09 »
Élio, se o travão de mão é accionado quando se retira a chave da ignição, não sei; mas sei que o travão de mão é accionado sempre que se abre o descanso lateral. _pol_ _pol_

Licas, eu sou do melhor signo de todos: Escorpião! (E bem do meio). Mas não ligo pevas a essas tretas.

Luis, a Gilera GP800 é uma maxiscooter cuja estética aprecio imenso mas, para além de ser pesada, tem um espaço de carga ridículo, de tão pequeno, o que a retira logo de qualquer equação minha. Agora, aquele motor, para além de ser o mais potente das maxiscooters, parece uma fábrica de binário! scooter_

ZeZeZoom

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #9 em: 01 de Outubro de 2012, 00:03 »
Este video (
) é aquele que mais aproximadamente replica as sensações de que desfrutei, ontem, ao acelerar a BMW C650GT nas subidas da serra da Trafaria. Reparem bem na saída que a mota tem e na progressividade da sua aceleração...

Offline José

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #10 em: 01 de Outubro de 2012, 00:15 »
Este video (
) é aquele que mais aproximadamente replica as sensações de que desfrutei, ontem, ao acelerar a BMW C650GT nas subidas da serra da Trafaria. Reparem bem na saída que a mota tem e na progressividade da sua aceleração...

 _pol_ _pol_ _pol_ Muito bom mesmo,  _pol_ _pol_
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ZeZeZoom

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #11 em: 01 de Outubro de 2012, 09:38 »
Élio, todas as BMW C650GT que estão em stock nos vários concessionários têm o pack Highline (895 mocas, com punhos e banco aquecidos, visualizador da pressão dos pneus e luzes diurnas em LED) e, algumas, também têm o alarme (mais 240 mocas).
Na Motomil, têm em exposição uma preta (a cor que eu escolhi) e tem essas macacadas todas, pelo que o seu PVP é quase, quase, de €12.700. _confuso_ _thumbdown_

Acácio, quando te referes ao poisa pés incomodativo, falas do das nossas MaxSym, não é verdade? É que os meus rapazes também se queixam que faz doer os pés numa deslocação maior.
Na BMW C650GT existem plataformas para os pés do pendura e, acreditem-me, são extremamente cómodas, bem como a posição disponibilizada ao pendura. Viaja-se verdadeiramente em 1ª classe na BMW, seja a conduzir ou à pendura...
 

Offline Afonseca

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #12 em: 01 de Outubro de 2012, 11:03 »

Acácio, quando te referes ao poisa pés incomodativo, falas do das nossas MaxSym, não é verdade? É que os meus rapazes também se queixam que faz doer os pés numa deslocação maior.
Na BMW C650GT existem plataformas para os pés do pendura e, acreditem-me, são extremamente cómodas, bem como a posição disponibilizada ao pendura. Viaja-se verdadeiramente em 1ª classe na BMW, seja a conduzir ou à pendura...
[/quote]



Zezezom

Estava a referir-me precisamente à C650 GT.
São mesmo essas plataformas que causam muito incomodo ao pendura pela posição mais alta em que vão, além de fazerem escorregar o calçado quando o pendura necessita de se posicionar.
Para nós condutores as plataformas são os ideal para descansar os pés e não tanto para o pendura..

Mas com uma mota de excelente qualidade, acredito que a BMW tenha estudado uma forma melhorada para o pendura, que não exista em outras motas.. e que eu desconheça _pol_

Um abraço  _pt_  _scp_   scooter_
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Busas

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #13 em: 01 de Outubro de 2012, 23:40 »
Boas,

Sem dúvida que a GP dá apenas para um Jet "á larga"...e é uma maxi pouco prática...mas para os fds chega e sobra... _convivio_

Força com a compra...estamos á espera... _pt_

Abraços,

RCEu

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #14 em: 02 de Outubro de 2012, 09:59 »
Élio, se o travão de mão é accionado quando se retira a chave da ignição, não sei; mas sei que o travão de mão é accionado sempre que se abre o descanso lateral. _pol_ _pol_

Licas, eu sou do melhor signo de todos: Escorpião! (E bem do meio). Mas não ligo pevas a essas tretas.

Luis, a Gilera GP800 é uma maxiscooter cuja estética aprecio imenso mas, para além de ser pesada, tem um espaço de carga ridículo, de tão pequeno, o que a retira logo de qualquer equação minha. Agora, aquele motor, para além de ser o mais potente das maxiscooters, parece uma fábrica de binário! scooter_

Tens razão... confirmei isso com o meu colega, antes de ler a tua mensagem.

Abraço

Offline Panda

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #15 em: 02 de Outubro de 2012, 10:23 »
gostei de lêr o teu comentário á BM 650GT, foi o que sentiste e quanto a isso não há nada a fazer! eu tenho essas sensações muitas vezes quando troco de moto _Rolley_
a GT é uma grande Maxi e se optares por ela, todos esses pensamentos que tens quando andas na tua Maxsym (como sería com a GT?) desaparecem, pois a naturalidade acontece mais rápidamente do que possas imaginar e rápidamente esqueces as outras scooters que tivestes

só tens que ver que uso vais dar á "bichana"
já sabes quanto custam as revisões?...a mais cara ronda os 700€ _Rolley_

esquecendo esses aspectos...eu avançava para a compra _pol_

estamos a falar de uma Hiper Scooter práticamente Turística, com um super conforto, um mais que suficiente motor e um status, dificil de igualar!!!

abraço
Panda

ZeZeZoom

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #16 em: 02 de Outubro de 2012, 10:58 »
Panda, quanto ao custo das revisões, na Motomil disseram-me que a média é de cerca de €130, o que achei aceitável.
Essa revisão dos €700  _confuso_ deve ser aquela em que mudam a mota toda, não? _martelada_

RCEu

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #17 em: 02 de Outubro de 2012, 11:24 »
Panda, quanto ao custo das revisões, na Motomil disseram-me que a média é de cerca de €130, o que achei aceitável.
Essa revisão dos €700  _confuso_ deve ser aquela em que mudam a mota toda, não? _martelada_


 _lol_ _lol_ _lol_  Vale a pena. Voltas a ficar com uma mota nova  _lol_ _lol_ _lol_


Eu (o seguro) paguei mais por isso. _Rolley_

Offline Panda

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #18 em: 02 de Outubro de 2012, 11:55 »
Panda, quanto ao custo das revisões, na Motomil disseram-me que a média é de cerca de €130, o que achei aceitável.
Essa revisão dos €700  _confuso_ deve ser aquela em que mudam a mota toda, não? _martelada_

na Baviera Expo, ronda os 200€ e é feita aos 10000kms ou ao fim de 1 ano o que ocorrer primeiro!!!
130€ é um excelente preço _convivio_

700€ aquela que é necessário mudar correias, etc... é dura para a carteira _lol_ _lol_
pergunta na Motomil, o preço da revisão mais cara!

na GP800 quando tens que mudar o kit transmissão, penso que será aos 30000 ou 40000 custa 600€ _Rolley_ _Rolley_

portanto está dentro da média :)) :))

abraço
Panda

Offline apra

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #19 em: 02 de Outubro de 2012, 12:35 »
Esta história das revisões, faz-me lembrar uma reportagem que deu na televisão, já há alguns anos, sobre uma concentração de Ferrari.
Perguntaram ao dono de um: "mas um carro destes deve gastar muito"?
Ele respondeu: "quem tem dinheiro para comprar um Ferrari, não se preocupa com os consumos"...   _Rolley_   

Quem pode comprar uma scooter destas, não se pode preocupar com estes "pequenos pormenores"...  _Rolley_

ZeZeZoom, gostei muito do excelente relato sobre a máquina.  _palmas_
Quando deparei com aquele "testamento"  _confuso_ pensei que não iria conseguir ler tudo até ao fim. A cada parágrafo que lia, cada vez mais me entusiasmava e ganhava vontade de ler tudo. Boa descrição. A Motomil podia fazer-te uma desconto pela publicidade...  _Rolley_ 
« Última modificação: 02 de Outubro de 2012, 14:45 por apra »
António Prates
Honda SH 125i ABS-31.5.13-0km-->18.9.13-2016km
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Offline barcas

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #20 em: 03 de Outubro de 2012, 18:37 »
Excelente relato, deve ser uma grande scooter, ainda não tiver oportunidade de testar.
Só tenho algumas duvidas na qualidade dos plástico e na fiabilidade do motor da Kymco que só o tempo o dirá
Quanto à Ondamil, sou um fã. Conheço diversos stands e uma coisa garanto nunca mais compro uma mota que não possa lá ser assistida.
Honda SH 300, Honda SW 400. Suzuki B650, BMW R 1200 RT

Jorge Bernardo

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #21 em: 03 de Outubro de 2012, 19:13 »
Bom......andava a aguardar fazer um teste da GT mas diziam-me que só tinham a Sport que já testei, gostei, mas nunca trocaria pela minha.
Obrigado ZeZeZoom pelo óptimo relato que li até ao fim, verifico que a GT deve ser diferente e vou querer experimentar um dia destes.
No entanto a experiência da BMW em Scooters ainda não é a mesma que a Yamaha, mas é sempre bom ter por onde escolher, apesar de os preços estarem numa fasquia muito alta.

ZeZeZoom

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #22 em: 04 de Outubro de 2012, 10:12 »
barcas: o motor, concebido e preparado para produção exclusivamente pela BMW, é fabricado pela Kymco, em conformidade com as especificações técnicas da BMW, numa linha de montagem específica, criada para a BMW (que tem as suas próprias unidades de produção esgotadas), controlada por engenheiros alemães.
O rendimento do motor é fantástico: nos números e, especialmente, no funcionamento.
Não acredito que a sua fiabilidade possa ser menor por ser fabricado nas instalações da Kymco.
No entanto, todas as motas da BMW têm alguns relatos de problemas de fiabilidade (que a marca acaba por resolver, claro) e as scooters não serão excepção (já li um relato de fugas de óleo do sistema de transmissão). Só espero não ser brindado com esse tipo de problemas, porque a minha MaxSym nunca me deu a mais pequena chatice (embora ainda não tenha sequer 9 mil kms).

Offline carlos fonseca

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #23 em: 04 de Outubro de 2012, 21:49 »
É normal aparecerem problemas de juventude no inicio de produção dos modelos.
Recalls e avarias poderão ocorrer. Houve modelos da marca sujeitos a esse calvario.
É o preço a pagar pela novidade.

Busas

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Re: BMW C650GT - Notas de test ride
« Responder #24 em: 04 de Outubro de 2012, 23:32 »
boas,

normal...problemas de nascimento..raro a marca assumir  _pt_

abraços